Entrevista com Padre Cristovam Iubel

Entrevista com Pe. Cristovam Iubel
sobre a Pastoral do Dízimo



Em preparação para o Encontro de Animação da Pastoral do Dízimo da Arquidiocese de Fortaleza, no mês dedicado as Missões, disponibilizaremos no site da Arquidiocese a série de entrevistas realizada com Padre Cristovam Iubel sobre a experiência de partilha e comunhão que o dízimo proporciona para as comunidades.

Nessa primeira parte da entrevista, Padre Cristovam ajuda-nos a entender um pouco da realidade da animação do dízimo no Brasil e no Mundo.

Pe. Cristovam, Dom José Luiz 

e Diác. João Batista 

Encontro da Pastoral do Dízimo 

em maio de 2011.

Uma Experiência de Partilha e Comunhão.


Nessa primeira parte da entrevista, Padre Cristovam 

ajuda-nos a entender um pouco da realidade da animação

do dízimo no Brasil e no Mundo.


1. O que é o dízimo?

O dízimo é uma das formas, não é a única, que a Igreja tem para sustentar a Evangelização e de investir na Evangelização. A Igreja precisa de pessoas, de lugares, de instrumentos (os meios), mas ela não tem como ter tudo isso, se ela não tem bens (os materiais) que sustentem essa preparação. Então, a Evangelização é sustentada pelo dízimo. Sendo assim, a finalidade do dízimo é: Evangelizar.


2. Quando a paróquia não possui a experiência do dízimo, como ela se sustenta?

Essas paróquias se sustentam com taxas, que são oferecidas por ocasião de serviços religiosos: sacramentos, bênçãos. Ou, até mesmo, de doações espontâneas e através de promoções (bingos, rifas, festas). Só que esse método, das taxas e as festas, já está ultrapassado. Ele não corresponde mais aos anseios de hoje. Porque, são pontos de problemas, confusões, brigas e acima de tudo não evangelizam. Então, as comunidades que não possuem o dízimo, ainda estão utilizando um método ultrapassado. Mas, que serve enquanto elas não aderem ao dízimo, enquanto não transformam toda a arrecadação em dízimo e em oferta.


3. Padre Cristovam, as taxas é um assunto muito delicado, pois gera divergências. Algumas pessoas concordam, outras discordam. Um dos questionamentos é a possibilidade de estarmos comercializando os sacramentos.

Exatamente. É tanto que recentemente nós mantínhamos a Ação Evangelizadora por meio das taxas. De início as taxas foram bem compreendidas, era uma forma de troca de serviços. E funcionava bem. Mas, depois com o tempo as taxas foram se desgastando e se transformaram em compra. As pessoas compravam um sacramento, comprava uma missa, uma bênção, uma oração. Por isso, a própria Igreja tomou consciência que não podia continuar com as taxas. Então, no Brasil, as taxas já estão superadas. Hoje, funciona da seguinte forma: aqueles que estão implantando o dízimo podem manter as taxas por algum tempo, enquanto o dízimo não consegue manter toda a Ação Evangelizadora. Mas, na medida em que o dízimo aumenta, as taxas vão diminuindo até a extinção total. As taxas não são de fato evangelizador


4. O senhor usou o termo “aqui no Brasil”, e o dízimo não é uma realidade da igreja no mundo inteiro?as, elas complicam mais do quê ajudam.

Não. O dízimo existe em grande parte do mundo. Mas, o Brasil possui uma metodologia que deu certo. O dízimo, no Brasil, se implantado de forma correta dá resultado. Então, as outras Igrejas, por exemplo, da América Latina, da América Central, dos Estados Unidos e da África (mesmo com sua pobreza) aderiram ao dízimo. As Conferências Episcopais tem o dízimo do Brasil como modelo. Poderíamos dizer que, a Igreja do Brasil está exportando uma experiência de partilha.



Dízimo instrumento de evangelização 


O mês de outubro na Igreja do Brasil é destinado as Missões. Somos uma Igreja missionária. Precisamos despertar em todos os batizados a consciência missionária. Consciência que despertar para a responsabilidade para com a Evangelização. E o dízimo é um dos instrumentos para a Evangelização.


A importância da conscientização do dizimista é o foco da segunda parte da entrevista com Padre Cristovam Iubel. Antes de implantar a experiência do dízimo, é necessária a disponibilidade de toda a comunidade de maneira consciente. A experiência do dízimo precisa ter como meta a Evangelização.


1. Em sua fala anterior, o senhor usou a expressão “implantação correta do dízimo”. O que seria isso?

A implantação correta do dízimo parte da conscientização. Quem se torna dizimista tem que saber o que é o dízimo e deve saber por que é dizimista. Ela não pode simplesmente ser dizimista sem saber o porquê. Então, a implantação correta exige que o dizimista que contribui, faça isso com plena consciência. Que não seja por superstição, que não seja por medo, ou receio de perder algum serviço da Igreja. Que não seja simplesmente porque eu mudei e preciso contribuir. Mas, que ela entenda que está contribuindo com a Evangelização. Toda implantação que não tiver como meta a Evangelização não é completa. E quando não se evangeliza com o dízimo, a comunidade se cansa, logo ela desanima. Então, a implantação correta do dízimo é aquela que leva ao encontro da Evangelização.


2. E na prática, como um padre poderá aplicar esse método nas comunidades?

Primeiro, o padre não consegue fazer isso sozinho. Ele precisa encontrar pessoas que se disponham a se preparar para essa pastoral. Essas pessoas  participam de encontros, se preparam através de cursos e junto com o padre implantam o dízimo. Até porque o padre tem outras funções que não pode deixar de exercê-las. Ele não poderia diminuir o número de celebrações ou deixar de atender as pessoas para cuidar do dízimo. Essa é uma função de toda a comunidade. O padre tem a sua parte, mas ele não é o único. Então, o padre que quer começar a implantar o dízimo, ele precisa encontrar pessoas que queiram assumir essa pastoral. Porque ele e a equipe, juntos implantam a Pastoral do Dízimo na comunidade.


3. Uma dúvida comum é sobre a nomenclatura: vou pagar, vou devolver, vou contribuir. Qual a maneira correta de se falar?

A maneira correta é vou contribuir. E esse é o termo de referencia no Brasil quando se fala em dízimo. Não é pagamento porque não é uma lei, uma obrigatoriedade. É devolução no sentido espiritual. Mas, não é Deus que precisa do dinheiro. É a comunidade que serve a Deus que precisa do dízimo. Então, o melhor é o termo é a contribuição.


4. E essa contribuição possui um valor fixo?

Não, não tem. Os Bispos do Brasil orientam para uma contribuição segundo a generosidade de cada pessoa. Ou seja, a pessoa é conscientizada e convidada a ser generosa. Não há um valor fixo. Por exemplo, ninguém pode dizer que a Igreja cobra 5%, cobra 10%, 15%, 1%. A quantia depende exclusivamente da opção de cada católico, de cada um. A opção é individual. Então, nós não temos uma taxa fixa.

O dízimo gera na comunidade
sentimento de gratidão.




O dízimo é uma experiência pastoral missionária que envolve toda a comunidade. E essa comunidade é responsável pela manutenção dos serviços para Evangelização.


Nessa terceira parte da entrevista, Padre Cristovam Lubel nos ajuda a compreender que o dízimo envolve e contagia a todos, criando nas comunidades um sentimento de gratidão. Enfatiza que não basta ter o dízimo nas comunidades, é preciso ter consciência da sua importância na vivência comunitária. 

Pe. Cristovam quando esteve na Paróquia Nossa Senhora 

da Glória 

1. Como o dízimo é um ato que parte do coração, nas Paróquias há dizimistas e não dizimistas. Então pergunto, o atendimento é diferenciado para essas pessoas?

Não pode ser. A orientação é que o atendimento seja igual para todas as pessoas, dizimista ou não dizimista. Há pessoas que concordam com a linha pastoral da Paróquia e aquelas que não concordam. Nós não temos nenhum direito de fazer um atendimento diferenciado. Quando uma pessoa chega, e pede um serviço da Igreja, a igreja tem a obrigação de se colocar à serviço. Independente de quem seja a pessoa, independente do valor com que ela contribui. Ou se não contribui, não aceita, ou rejeita o dízimo. Nós não podemos de forma alguma prender (negar) serviços religiosos para aqueles que não são dizimistas, ou atrasaram sua doação. Temos que fazer com o mesmo empenho, com a mesma desenvoltura. Os serviços diferenciados não são justos, e acima de tudo não é evangélico. O atendimento deve ser igual para todas as pessoas. Todos têm o mesmo direito dentro da comunidade.


2. Entregar um brinde, como calendário, sorteios de bíblia, de livros, as missas especiais para o dizimista, são algumas ações praticadas para agradecer a fidelidade do dizimista. O que o Senhor tem a dizer dessas práticas?

Essas práticas podem ser seguidas enquanto reativamento da Pastoral do Dízimo. Nunca enquanto uma premiação. Digamos se numa missa faz-se um sorteio de uma bíblia, de um objeto religioso, de uma imagem, a perspectiva é a seguinte: como a comunidade não pode dar a todos os dizimistas uma lembrancinha como forma de reconhecimento da participação na comunidade, se escolhe alguém para que em nome da comunidade, receba em nome de todos através do sorteio. Então, o sorteio é só uma forma de dizer para toda comunidade “nós reconhecemos que vocês estão assumindo a fé de vocês de verdade”. Então, qualquer tipo de premiação, não é em vista da participação ou da quantia que se doa. É sempre em função que aquela pessoa assumiu de fato seu lugar como batizado, como batizada na vida da comunidade. É preciso ter cuidado para não tornar essa prática uma espécie de recompensa. Pois, se isso acontecer vai estragar toda a pastoral, vai tirar a pastoral dos trilhos. Ou seja, vai fazer com que a pastoral perca o seu sentido.


3. E o que devemos fazer para que a pastoral do dízimo não perca seu sentido?

Perceber que esses momentos de gratidão são momentos de reconhecimentos, até porque não somos nós que agradecemos, por que o dízimo não é para uma pessoa ou para outra, é a comunidade toda que se sente agradecida. Então, quando uma pessoa recebe um cartão em casa dizendo “que bom que você é dizimista”. Quem disse que é bom que você seja dizimista, foi toda a comunidade. E você, também, diz para os outros membros da comunidade. É uma espécie de reconhecimento mútuo dentro da comunidade entre todos os dizimistas. Mesmo que no cartão tenha a assinatura do Padre ou de alguém da pastoral do dízimo, eles assinam em nome de toda a comunidade. É importante que as comunidades entendam isso e não caíam no erro de premiar o dizimista, ou até de premiar os melhores dizimistas. Ninguém pode julgar quem é melhor, ou quem não é. Uma pessoa pode estar oferecendo muito, mas pode estar oferecendo pouco que pode ser muito mais. Uma pessoa que oferece pouco poderia estar oferecendo, praticamente, tudo que tem. Ele estar oferecendo com bem mais qualidade do que aquele que ofereceu muito. Então, nós não temos esse direito de julgar. Temos que perceber que as premiações funcionam só como reconhecimento. E se assim for, suas praticas são validas.


4. Sobre as maneiras de arrecadar as doações, qual seria a maneira mais apropriada. A maneira onde não coloca a pessoa em estado de constrangimento, burocratização ou exposição?

A maneira de arrecadar é aquela mais discreta possível. Agora, são as próprias pessoas da comunidade que pedem facilidade. As pessoas pedem que seja no momento da celebração. As pessoas têm dificuldade de ir duas, três vezes por semana na comunidade. Elas vão só aos domingos. Elas querem que no domingo haja a possibilidade de contribuir com o dízimo. Então, muitos desses grupos de coordenação do dízimo que recebem o dízimo aos domingos, eles estão nas capelas porque a própria comunidade pede. Pois, a comunidade sente que facilita. Agora, a contribuição deve ser feita na hora em que a comunidade entende que seja a melhor hora. Se a comunidade entender que não fica bem na hora da celebração, ou depois da celebração, então se encontra um meio melhor para aquela comunidade. As comunidades têm o direito de decidir qual o melhor momento de fazer sua contribuição. Isso fica a critério de cada comunidade.


5. Dentro dessa busca de momento ideal para contribuição, o que deve ser evitado?

Sugerimos que procurem não usar o espaço da Igreja. Mas, em alguns locais os espaços são tão pequenos que não tem outro local, a não ser dentro da Igreja. Até por que as pessoas se sentem bem, porque o dízimo é uma coisa de Deus. Então, deixamos a critério de cada comunidade. O importante é que se entenda o espírito do dízimo, para que a contribuição não seja de forma distorcida. Mas, estamos preocupados com isso. Porque, em algumas comunidades aparece mais o local do dízimo do que o restante da Igreja. Do que o local da celebração. Isso nos preocupa. Nós pedimos o bom senso, que consultem a comunidade. Saber o que a comunidade acha daquele local, daquele horário, se estar bem ou não.


6. Caderneta, envelope, carnê, qual seria o melhor?

Tudo depende de cada comunidade. Algumas comunidades preferem trazer e entregar pessoalmente. Alguns contribuem pelo carnê, ou boleto bancário, alguns já fazem até pelo cartão de débito. Ou seja, nós não podemos dispensar nenhum meio. Devemos estar aberto a todos os meios, inclusive os mais modernos. O importante é o espírito da contribuição. Se for no débito, no carnê, entregue pessoalmente na hora da celebração, ou entregue a uma agente do dízimo, o importante é a consciência do que estou fazendo. Então, a forma ela é relativa. Há uma grande variedade e possibilidade e é a comunidade que escolhe qual ou quais irá adotar. Contudo, o que não pode existir nas comunidades é ter o dízimo sem ter a consciência do que ele seja.



As pessoas precisam ver o dízimo concretizado na vida da comunidade


A última parte da série de entrevista com Padre Cristovam Iubel, nos desperta para a necessidade da formação dos agentes da Pastoral do Dízimo. Além da conscientização é necessária a transparência da aplicação do dízimo na comunidade. As pessoas precisam saber com clareza, onde o dízimo foi aplicado.


1. Para as comunidades que já vivenciam a experiência do dízimo. Porém, esfriou um pouco a caminha. O que é possível ser feito para criar um novo dinamismo nesta comunidade?

Isso que você estar me perguntamos, nos chamamos de reavivamento. O reavivamento é um trabalho desenvolvido na comunidade para detectar os problemas, e as dificuldades. Entender o porquê o dízimo não estar dando certo, não estar funcionando. E tendo consciência desse problema, a gente vai direto à ele. Porque às vezes o problema é a falta de conscientização. É um relacionamento difícil com o Padre ou com a equipe que coordena a comunidade. Às vezes é falta de prestação de contas, falta de transparência. Às vezes as pessoas não percebem onde o dízimo estar sendo usado. Então, é preciso descobrir os problemas para poder ir direto à raiz dos problemas.


2. Como a comunidade pode organizar esse reavivamento?

No período de semana a comunidade faz o reavivamento. É o que a gente chama de Semana do Dízimo. Momento onde se escuta as reclamações, conversa com as pessoas. Depois de coletar essas informações, as apresenta ao Padre, à equipe da Paróquia. Então, eles colocam em prática tudo aquilo que deve ser colocado em prática. Muda o que precisa ser mudado. Se uma comunidade não estiver bem é preciso fazer uma semana de reavivamento. É uma espécie de semana de conscientização, porém mais trabalhada, dando espaço para que as pessoas falem, escutando o que elas querem dizer. Então nós animamos o dízimo assim, através de uma semana de revisão e aprofundamento.


3. E qual é a função da Equipe do Dízimo em uma Paróquia?

A equipe do dízimo tem como primeira função a conscientização. Antes de arrecadar, ela deve deixar bastaste claro que o dízimo é para a Evangelização. E deve mostrar isso, e mostrar como? Dizendo: Olha aqui na Igreja temos isso, temos aquilo, e é por causa do dízimo. As pessoas precisam ver o dízimo concretizado na vida da comunidade. Porque elas tomam consciência que a administração do dízimo estar sendo vivida com seriedade. Quando não há transparência e seriedade, as pessoas automaticamente deixam de participar. Ou se elas continuam participando, vão destruindo a pastoral por conta das opiniões que emitem. Então, a função da Pastoral do Dízimo é conscientizar e depois criar um ambiente interessante para se viver o dízimo. Estar atento aos serviços, que a comunidade precisa, que sejam prestados. A equipe do dízimo conversa com o Padre, conversar com as demais equipes. É uma equipe atenta. É uma equipe que receber, e que depois que receber ela entrega o que recebeu para a equipe ou conselho de assuntos econômicos.


4. Então, o Senhor estar dizendo que a Equipe do dízimo não administra o que arrecada?

Isso mesmo, a equipe do dízimo não administra o dízimo. Ela apenas motiva, incentiva, conscientiza e receber. Depois ela entrega e aí não tem mais nada a ver com ela. A equipe que é responsável pelos bens da comunidade administra e faz a prestação de contas. A prestação de contas quem faz é o Conselho para assuntos econômicos. Essa equipe tem a obrigação de mensalmente dizer para a comunidade, o que naquele mês foi recebido e onde foi aplicado. Geralmente, as aplicações são feitas por dimensões. Dimensão religiosa, social, missionária. Então, é preciso se fazer uma prestação de contas rápida, breve, mas bem clara. E depois fixar, em algum lugar, essa prestação para que a comunidade tenha acesso a essas informações mais detalhadas. Temos que lembrar que mão é possível se pensar o dízimo sem prestação de contas. E essa prestação de contas precisa ser descomplicada. Precisa ser simples para que todos entendam.


5. E quando a prestação de contas não é feita?

Ela trás prejuízos para o processo. Porque as pessoas passam a não acreditar na pastoral. E não acreditam com razão. Porque se não há prestação de contas, como é que saberão onde o dízimo foi aplicado, ou onde ele não foi aplicado. Por isso, que o Conselho de assuntos econômicos precisa estar em sintonia com a equipe do dízimo. E essa equipe é sempre presidida pelo Padre da Paróquia. A equipe tem um coordenador, mas o presidente é sempre o Padre. Então, ressalto novamente, essa equipe precisa dizer de forma muito clara o que foi investido, o que tem em caixa. O que estar sendo guardado, como uma espécie de uma reserva técnica, para momentos de urgência. A prestação de contas deve ser feita mensalmente. E depois é preciso fazer uma prestação de contas anualmente, juntando todos os meses. Tudo com bastante clareza.


6. Uma das grandes dificuldades da pastoral do dízimo é convencer as outras pastorais da importância de ser dizimista. Parece, muitas vezes, que é mais fácil convencer as pessoas que não participam ativamente da comunidade. Pois, as que já são engajadas, pensam que com o serviço já estão contribuindo. E não precisam devolver o dízimo. O que o Senhor pensa sobre isso?

Nós precisamos de formação, quanto a isso não há dúvidas. Pessoas formadas têm argumentação, têm argumentação fundamentada na Sagrada Escritura, nos documentos da Igreja, e nos vários livros que são escritos a partir dos documentos da Igreja e da Sagrada Escritura. Então, precisamos de pessoas formadas que digam com clareza o que é o dízimo. E falando assim com clareza, eu não digo que convença, mas que anima as pessoas, tirem as dúvidas que se tenham. Os agentes do dízimo precisam tirar as dúvidas da comunidade. O caminho é de fato o estudo, o aprofundamento. Tanto que hoje são muitos materiais produzidos, especificamente para s equipes do dízimo das Paróquias. Não há outro caminho, que não seja a formação. A Igreja no Brasil estar caminhando bastante nesse sentido da formação. Até a algum tempo atrás, se contava apenas com a boa vontade. E as pessoas, muitas vezes, que tinha boa vontade nem sempre tinha formação. Hoje se procura a boa vontade e se pede que a pessoa esteja pronta para formação. Caso contrário ela não tem como participara da equipe do dízimo.


7. É possível perceber diferenças em uma pessoa que antes não era dizimista e agora é?

Sim. Ela, primeiro se sente muito bem na Igreja. Porque ela sente que faz parte daquela Igreja, assim como ela faz parte da sua família. É uma espécie de uma segunda família. Até o modo, a postura dela entrando na Igreja é outra. Ela entra descontraída, entra bem, porque ela estar entrando numa casa que é dela. Ela sabe que as cadeiras, os bancos, o altar que estão ali, ela ajudou a adquirir. Ela sabe que participa da manutenção, do investimento, da evangelização. Ela faz aquilo que as pessoas precisam fazer a partir do batismo. Se tornar comprometida com Jesus e com a comunidade. Ela deve ter essa consciência: essa Igreja é minha, essa é a minha comunidade. Eu não sou estrangeiro, essa é a minha casa.


Fonte:

Arquidiocese de Fortaleza.