A Jornada Mundial da Juventude conta com dois símbolos que a acompanham e representam: a Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani. Nos meses que antecedem cada JMJ, os símbolos partem em peregrinação para serem anunciadores do Evangelho e acompanharem os jovens, de forma especial, nas realidades em que vivem.
A recepção e o acolhimento dos símbolos têm dado muitos frutos um pouco por todo o mundo. Em África, estes dois símbolos instaram os jovens a converterem-se numa geração não-violenta, encabeçaram várias marchas pela paz e foram tocados por milhares, que os saudaram também com os trajes típicos dos seus países. Ajudaram ainda a levar reconciliação onde havia tensão, como em Timor-Leste.
A Cruz peregrina
Com 3,8 metros de altura, a Cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, a Cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou aos cinco continentes e a quase 90 países. Tem sido encarada como um verdadeiro sinal de fé.
Foi transportada a pé, de barco e até por meios pouco comuns como trenós, gruas ou tratores. Passou pela selva, visitou igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais. No percurso enfrentou muitos obstáculos: desde greves aéreas a dificuldades de transporte, como a impossibilidade de viajar por não caber em nenhum dos aviões disponíveis.
Tem-se afirmado como um sinal de esperança em locais particularmente sensíveis. Em 1985, esteve em Praga, na atual República Checa, na altura em que a Europa estava dividida pela cortina de ferro, e foi aí sinal de comunhão com o Papa. Pouco depois do 11 de setembro de 2001, viajou até ao Ground Zero, em Nova Iorque, onde ocorreram os ataques terroristas que vitimaram quase 3000 pessoas. Passou também pelo Ruanda, em 2006, depois de o país ter sido assolado pela guerra civil.
O ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani
Desde 2000 que a cruz peregrina conta com a companhia do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços. Este ícone foi introduzido ainda pelo Papa João Paulo II como símbolo da presença de Maria junto dos jovens. Com 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani está associado a uma das mais populares devoções marianas em Itália. É antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes. O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e é visitado pelo Papa Francisco que ali reza e deixa um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica.
A JMJ é sempre acompanhada por dois símbolos:
a Cruz da JMJ (Cruz da Juventude) e o Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani.
Sempre que se celebra a Jornada Mundial da Juventude, esses símbolos peregrinam, proclamando o Evangelho e acompanhando os jovens em seu cotidiano.
Também conhecida como Cruz da Juventude, Cruz do Ano Santo, Cruz do Jubileu e Cruz do Peregrino, a Cruz da Jornada Mundial da Juventude foi feita especialmente para a Igreja celebrar o Ano Santo da Redenção, iniciado em 1983. São João Paulo II acreditava que todos os que se reuniam na Basílica de São Pedro para a peregrinação do Jubileu precisavam ter uma cruz para contemplar. Para tanto, uma cruz de 3,8 metros foi confeccionada e colocada na praça. Com o encerramento do Ano Santo, o Papa convidou os jovens a visitá-lo em Roma. No entanto, muito mais jovens atenderam ao convite do que o esperado. Inspirado pela generosidade deles, o Santo Padre confiou a eles a cruz que havia sido o símbolo do Ano Santo.
Ao entregar-lhes a cruz, ele disse as seguintes palavras.
"Meus queridos jovens,
ao concluir o Ano Santo, confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo!
Levem-na pelo mundo como símbolo do amor de Cristo pela humanidade e proclamem a todos que é somente em Cristo, morto e ressuscitado, que se encontram a salvação e a redenção."
22 de abril de 1984
São João Paulo II confia
a Cruz do Jubileu aos jovens
Seguindo a vontade do Santo Padre, jovens começaram a carregar a cruz para vários lugares, começando por Munique, Alemanha, em 1984, e depois para Lourdes e além. Quando o Papa pediu que ela fosse levada para Praga, Tchecoslováquia (hoje República Tcheca), que era um país comunista na época, os jovens alemães se mobilizaram. Eles levaram a cruz para Praga, transformando-a em um símbolo de sua comunhão com o Santo Padre.
A tradição de entregar a Cruz da JMJ de um país anfitrião para outro começou em 1996, quando jovens das Filipinas a passaram para os jovens da França. Mais recentemente, em 24 de novembro de 2024, na Basílica de São Pedro, jovens de Portugal entregaram a Cruz e o Ícone a jovens coreanos.
A Cruz da JMJ viajou de barco, trenó, guindaste e trator, atravessando florestas exuberantes e ruas movimentadas da cidade, visitando igrejas, prisões, escolas, universidades, hospitais e até shopping centers. Esta Cruz, que viajou com jovens ao redor do mundo, visitou aproximadamente 90 países e ajudou a levar a reconciliação a regiões afetadas por guerras civis ou conflitos intensos, consolidando-se como um símbolo de esperança.
O ícone Salus Populi Romani, ou Saúde Salvífica do Povo Romano, foi usado pela primeira vez durante a vigília e missa da Jornada Mundial da Juventude realizada em Roma durante o Grande Jubileu de 2000. Mais tarde, em 2003, São João Paulo II pediu que este ícone da Santíssima Virgem acompanhasse a Cruz da JMJ em sua peregrinação.
"A partir de agora [o Ícone] acompanhará as Jornadas Mundiais da Juventude, juntamente com a Cruz. Eis a vossa Mãe! Será um sinal da presença materna de Maria junto aos jovens que são chamados, como o Apóstolo João, a acolhê-la nas suas vidas."
13 de abril de 2003
São João Paulo II,
na entrega da Cruz da Juventude
O ícone original da Salus Populi Romani está guardado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, e acredita-se que tenha sido criado por São Lucas, o padroeiro dos pintores.
O Papa Francisco era conhecido por confiar todas as suas viagens apostólicas à proteção de Nossa Senhora, visitando este ícone para rezar tanto antes de sua partida quanto ao retornar a Roma.
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