O papa Celestino I, eleito em 10 de setembro de 422, nasceu na Campânia, no sul da Itália. Considerado um governante de atitude, foi também um pioneiro em muitos aspectos. Enfrentou as graves questões da época de tal maneira que passou para a história, embora o seu mandato tenha durado apenas uma década.

Era um período de reconstrução para Roma, que fora quase destruída pela invasão dos bárbaros, liderados por Alarico. O papa Clementino I participou ativamente restaurando numerosas basílicas, entre elas a de Santa Maria, em Trastevere, a primeira dedicada a Nossa Senhora, e construiu a de Santa Sabina. Além disso, entendia que o papa tinha o direito de responder pessoalmente a correspondência enviada pelos cristãos leigos e não apenas das autoridades e dos clérigos. E ele o exerceu por meio de suas cartas, as quais chamava de decretais, e que se tornaram a semente do direito canônico. Também foi vigoroso o intercâmbio de correspondência que manteve com seu amigo e contemporâneo, santo Agostinho, o bispo de Hipona, do qual foi ferrenho defensor.

Foi ele o primeiro a determinar que os bispos não deveriam nunca negar a absolvição a alguém que estivesse morrendo. Também proibiu que os bispos vestissem cintos e mantos como os monges. Combateu as heresias, ajudou a esclarecer dúvidas doutrinais e combateu os abusos que se instalavam nas sedes episcopais. Seus atos pareciam acertar todo alvo escolhido. Enviou são Patrício à Irlanda e são Paládio à Escócia e, como se sabe, ambos se tornaram, histórica e espiritualmente, ligados a esses países para todo o sempre.

Outro evento importantíssimo realizado sob sua direção foi o Concílio de Éfeso, em 431. A importância desse Concílio, o segundo realizado pela Igreja e do qual participaram apenas cento e sessenta bispos, foi que nele se confirmou o dogma de Maria como "Mãe de Deus" e não apenas "mãe do homem", como pregava o arcebispo de Constantinopla, Nestório. Ele defendia a tese de que Jesus não era Deus quando nasceu e, portanto, Maria era apenas a mãe do homem Jesus e não de Deus feito homem.

O papa Celestino I, para acabar com a confusão que se generalizara no mundo cristão, determinou que são Cirilo, bispo de Alexandria, dirigisse o Concílio, que se iniciou em 22 de junho de 431. Ao seu final, foi restabelecida a verdade bíblica do nascimento do Cristo. O papa enviou comunicados a todas as autoridades do mundo não só explicando a decisão, mas informando a destituição e condenação do bispo Nestório, que foi poupado da excomunhão.

Este foi seu último documento oficial, expedido na data de 15 de março de 432, que fechou com chave de ouro seu pontificado, pois morreria alguns meses depois, em 27 de julho. São Celestino I foi sepultado numa capela do cemitério de Priscila. Em 817, suas relíquias foram colocadas na basílica de Santa Praxedes, e uma parte delas enviadas para a catedral de Mantova

São Celestino, rogai por nós!

Oração

Bendito seja Deus, que deu as chaves do céu a São Pedro e todos os seus sucessores, na figura dos Papas. Concedei-nos, ó Deus Altíssimo, pela intercessão de São Celestino, Papa e firme defensor da Verdade e da fé, a graça de sermos sempre firmes na defesa da fé católica e do papado. Por Cristo Senhor Nosso. Amém.

Oração do dia:

"Deus eterno e todo-poderoso, quiseste que São Celestino I governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Cristo nosso Senhor. Amém!"

O Beato José Caselles-Moncho, Nasceu em 8 de agosto de 1907 na Espanha, Depois de estudar no colégio Salesiano de Valência, trabalhou como Professor em Sarria, Espanha, foi aceito no aspirantado de Campello , perto de Alicante, onde fez a profissão religiosa em 1927 . Completou seus estudos teológicos em Carabanchel, não muito longe de Madri; foi ordenado sacerdote 1936 na diocese de Valência.

No verão de 1936 , a eclosão da guerra civil espanhola entre nacionalistas pró - fascistas e republicanos comunistas marcou também o início de uma verdadeira perseguição por milicianos marxistas contra religiosos e católicos leigos:

No início da guerra Pároco em Tibidabo, Espanha o padre Giuseppe Caselles estava na casa salesiana no monte Tibidabo. Ele fez todo o possível para garantir um refúgio para todos os meninos do internato, independentemente de sua própria pessoa. Ele Preso, torturado e executado na perseguição anticristã da guerra em uma das prisões de Barcelona e morto em 27 de julho de 1936. No dia seguinte foi martirizado outro religioso da mesma casa , Dom Giuseppe Castell Camps .

Os dois salesianos foram beatificados em 11 de março de 2001 pelo Papa João Paulo II junto com outros trinta mártires salesianos e outras duzentas e uma pessoas da mesma diocese .

Beato José Caselles Moncho, rogai por nós!

No domingo, 13 de outubro de 1902, na Catedral de Menorca, um cônego, D. Jaume Serra, batizou um menino nascido na véspera, filho dos cônjuges Joan castell Bagur e Coloma Camps Mercadal, naturais de Ciutadella.

Deram-lhe os nomes de José e María del Pilar, por ter vindo ao mundo no dia desta festa da Virgem. Não era incomum que as crianças recebessem o nome de María por motivo de devoção a algum título mariano, como pode ser visto no caso de outras sacerdotisas.

Desde muito jovem, José María frequentou o Colégio Salesiano, fundado alguns anos antes, e logo sentiu no coração o desejo de fazer parte da Família Salesiana. Não tinha ainda doze anos quando, a 16 de 1917, mudou-se para Carabanchel Alto (Madrid) onde fez o noviciado e prosseguiu os estudos. Sua profissão religiosa ocorreu em 1918, depois de passar um ano como noviço.

De 1920 a 1923, no Colégio de Sarriá (Barcelona), adquiriu experiência docente e vida religiosa, segundo os costumes estabelecidos na congregação salesiana. Depois voltou a Campello para completar seus estudos teológicos.

Em 19 de junho de 1927, foi ordenado sacerdote em Orihuela. Poucos dias depois, no domingo, 26 de junho, cantou sua primeira missa no Santuário de Maria Auxiliadora em Ciutadella. Ele então passou dois anos em Campello e outros dois em Sarrià até 1932, quando foi transferido para o Tibidabo.

Nesta montanha localizada na própria cidade de Barcelona, ​​estava sendo construído o grande Templo Expiatório Nacional do Sagrado Coração. O padre José María Castell sentiu grande entusiasmo por propagar a espiritualidade do Sagrado Coração do Santuário de Tibidabo. sua eloquência e seu trabalho como publicitário serviram-lhe admiravelmente para propagar a doutrina e os ideais que eram promovidos em Tibidabo. De Ciutadella, sua voz foi ouvida no rádio, que na época não deixou de chamar a atenção.

Em 21 de julho de 1936, quando a perseguição religiosa começou com grande violência em Barcelona, ​​​​o padre Castell teve que deixar o santuário de Tibidabo com muita dor. Ele encontrou refúgio primeiro na casa de um veterinário de Ciutadella, o Sr. Gorries, e depois em um lugar mais escondido que alguns amigos prepararam para ele. Nestas circunstâncias, os bons religiosos conseguiram permitir que diversos salesianos embarcassem no exterior. Em uma capela na cripta de Tibidabo, um mosaico representa San José ao lado da nave da igreja. Não há dúvida de que o Padre Castelo confiou ao seu padroeiro o seu trabalho de libertador dos perseguidos.

Ele, sem dúvida, merecia um prêmio mais excelente do que o de estar livre dos perseguidores da igreja. ele foi descoberto e levado à morte em 28 de agosto de 1936, aparentemente, no bairro de "Casa Antúnez", em Barcelona.

Beato José Maria Castell Camps, rogai por nós!