Santo do Dia 22 abril

Dia 22 abril
Santa Maria Egipcíaca e Santa Senhorinha

Santa Maria Egipcíaca


Dia 22 abril


Maria do Egito ou Santa Maria Egipcíaca ou Santa Maria Egípcia foi uma asceta dos séculos IV e V que se retirou para o deserto após uma vida de prostituição. É venerada como patrona das mulheres penitentes, em especial na Igreja Copta, mas também na Igreja Católica, Igreja Ortodoxa e Igreja Anglicana. Wikipédia

Nascimento: 344 d.C., Egito romano, Egito

Falecimento: 421 d.C., Palestina Prima

Maria do Egito foi canonizada como penitente porque escolheu essa forma de expiar os pecados cometidos numa vida de vícios mundanos. Entregou-se muito jovem ao mundo dos prazeres, sem regra nem moral.

Ela morreu em 431, mas temos sua confissão feita no deserto, um ano antes de morrer, ao monge Zózimo, também ele canonizado mais tarde. Nessa ocasião, ainda estava vagando penitente pelo deserto, era já uma senhora e contou ao monge sua história. Disse que fugiu de casa aos doze anos e se instalou em Alexandria, no Egito, vivendo de sua beleza e sedução, arrastando dezenas de almas ao torvelinho do vício. Vida que levou durante dezessete anos, até o dia de sua conversão, que ocorreu de forma muito significativa.


Por diversão e curiosidade fútil, Maria decidiu acompanhar os romeiros que se dirigiam à Terra Santa para a "Festa da Santa Cruz". Ao chegar à porta da igreja, entretanto, não conseguiu entrar. A multidão passava por ela e ia para o interior do templo sem nenhum problema, mas ela não conseguia pisar no solo sagrado. Uma força invisível a mantinha do lado de fora e, por mais que tentasse, suas pernas não obedeciam a seu comando.


Ela teve, então, um pensamento que lhe atingiu a mente como um raio. Uma voz lhe disse que seus pecados a tinham tornado indigna de comparecer diante de Deus, o que a fez chorar amargamente. Dali onde estava, podia ver uma imagem de Nossa Senhora. Maria rezou e pediu à Santíssima Mãe que intercedesse por ela. Prometeu viver na penitência do deserto o resto da vida, se Deus a perdoasse naquele momento. No mesmo instante, a força invisível sumiu e ela pôde, enfim, entrar.


Após ter confessado e comungado, a ex-mundana tornou-se totalmente uma penitente religiosa, vivendo já havia quarenta e sete anos no deserto, rezando e se alimentando de sementes, ervas e água. Retirou-se do mundo completamente. Um dia antes de morrer, foi encontrada, pelo monge Zózimo, andando sobre as águas do rio Jordão. Ele inicialmente julgou tratar-se de uma miragem, pois estava cumprindo a penitência da Quaresma, como era seu costume. Mas foi tranqüilizado por essa idosa penitente, Maria, que, depois dessa confissão, lhe pediu a eucaristia. Voltou para o deserto, onde faleceu no dia seguinte.


A morte de Maria só foi descoberta um ano depois, quando o monge, na mesma época, foi visitá-la novamente. Encontrou-a morta na solidão, mas seu corpo estava perfeitamente conservado. Apesar de parecer apenas uma tradição católica, no deserto do Egito foi encontrada uma sepultura contendo um corpo incorrupto de uma certa penitente de nome Maria, justamente no lugar indicado pelo santo monge, com anotações que correspondem a esse episódio.


Santa Maria do Egito é celebrada pelos católicos orientais e ocidentais no dia 2 de abril, data que ela deixou anotada como sendo da sua morte, e que corresponde à data indicada também por são Zózimo.

e 22 de abril (rito romano).


Santa Maria Egipcíaca, rogai por nós!



Oração

Santa Maria do Egito, que fostes perseguida desde a igreja do Santo Sepulcro por um anjo com uma espada,

que te ajoelhastes diante de um crânio, nua, mas vestida com teus cabelos longos;


que recebestes a Sagrada Comunhão de São Zózimo,


que sentastes debaixo de uma palmeira, em contemplação, do outro lado do Jordão;

que lavastes os cabelos na Jordânia, como Maria Madalena, com o leão que cavou tua sepultura;

mulher segurando três pães, mostrando como pouco era teu alimento,

por favor ore por nós,

para que sempre possamos ser puros

e perseverar nossa alma sem pecado

até o último respiro de nossa vida.


Santa Maria do Egito, rogai por nós!



Oração do dia

Deus eterno e todo-poderoso, conduzi-nos à comunhão das alegrias celestes, para que o rebanho possa atingir apesar de sua fraqueza a fortaleza do Pastor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.




Fonte:

paulinas.org.br

Santa Senhorinha


Dia 22 abril


Santa Senhorinha de Basto foi uma abadessa beneditina portuguesa, canonizada santa pela Igreja Católica em 1130.

Nascimento: Vieira do Minho, Portugal

Falecimento: 22 de abril de 982 d.C., Braga, Portugal

Pais: Ufo Ufes

Canonização: 1130; por D. Paio Mendes, arcebispo de Braga

Morte: Cabeceiras de Basto; (58 anos)

Nascida no ano de 925, em Vieira do Minho, no Condado Portucalense, sob o nome de Domitilla Ufes ou ainda Genoveva Ufes, segundo algumas fontes históricas, Senhorinha de Basto era filha da condessa D. Teresa Soares e do conde D. Ufo Ufes, rico-homem, cavaleiro medieval, capitão-general do concelho de Vieira do Minho e governador de Viseu, sendo neta de D. Hugo Soares Belfaguer, senhor feudal da Casa de Sousa, de origem visigótica. Era a segunda filha do casal, irmã de D. Vizoi Vizois e de D. Ufa Ufes, que se casou com D. Arnaldo Eris de Baião, senhor de Baião, e prima do bispo de Dume, São Rosendo de Celanova. Em outros documentos, é apontada também como irmã de São Gervásio de Basto. Após a morte prematura da sua mãe, D. Ufo Ufes passou a chamá-la de Senhorinha, "pequena senhora".

Com 15 anos de idade recusou casar com um nobre pretendente, ingressando pouco depois na vida monástica sob a guarda de D. Godinha, sua tia materna e abadessa no Mosteiro de São João de Vieira do Minho, da Ordem de São Bento. Professando o seu noviciado, fez os votos ou conselhos evangélicos e adoptou o nome de Irmã Senhorinha.

Anos mais tarde, aos 36 anos, após a morte da sua tia, que se tornou também santa, Senhorinha tornou-se abadessa do Mosteiro de São João de Vieira do Minho, transferindo-se pouco depois, com as suas religiosas, para um mosteiro em São Jorge de Basto, no município de Cabeceiras de Basto, passando a localidade a figurar no nome da santa portuguesa.

A 22 de abril de 982, Santa Senhorinha de Basto faleceu, com 58 anos de idade, sendo sepultada em campa rasa, junto do altar-mor, na igreja do mosteiro, entre os túmulos de Santa Godinha e de São Gervásio de Basto.

Tendo-lhe sido atribuídos numerosos milagres durante a sua vida, como transformar água em vinho ou outros atos de intervenção divina durante eventos naturais ou com animais, tendo interrompido uma tempestade para se realizar a colheita do trigo ou silenciado rãs numa lagoa para se realizar o ofício litúrgico, após a sua morte, o arcebispo de Braga, D. Paio Mendes, foi visitar o sepulcro, decidido a exumar o seu corpo para averiguar os rumores de que este se mantinha bem preservado, como se a abadessa estivesse apenas a dormir. Criando-se um enorme alvoroço na população que acudiu à igreja para impedir o ato e tendo o arcebispo testemunhado um milagre, onde um cego ganhou visão, a abadessa foi canonizada santa em 1130.

Devido à enorme devoção que Santa Senhorinha de Basto inspirou, durante a Baixa Idade Média, o seu túmulo tornou-se num grande centro de peregrinações, contando-se entre os grandes devotos os reis D. Sancho I e D. Pedro I. Por esse facto, a localidade de São Jorge de Basto passou a denominar-se Santa Senhorinha de Basto, sendo a freguesia atualmente apenas referida como Basto.

Durante o século XVIII, a festa de Santa Senhorinha foi introduzida no Breviário Bracarense de D. Rodrigo de Moura Teles, sendo celebrada em todo o país a 22 de abril até ao fim do século XIX.

Em 1982, celebrou-se com solenidade o milenário da morte da santa em Basto.


Santa Senhorinha de Basto, rogai por nós!