Santo do Dia‎ 21 de maio

Dia 21 de maio

Santo André Bóbola

Santo Eugênio de Mazenod


Santo André Bóbola

21 de maio


André Bobola, S.J. foi um missionário e mártir polonês da Companhia de Jesus, conhecido como "Apóstolo da Lituânia" e "Caçador de Almas".

Nascimento: 30 de novembro de 1591, Strachocina, Polônia

Falecimento: 16 de maio de 1657, Ivanava, Bielorrússia

André Bobola nasceu no ano de 1592 no Palatinado de Sandomir, na Polônia, de família ilustre e religiosa. Desde pequeno notaram-se no menino os dons extraordinários com que Deus tinha cumulado sua alma.


Fez seus estudos no colégio jesuíta de sua cidade natal, e já era apontado pelos mestres como modelo para os outros estudantes.


Na idade de 21 anos entrou para a Companhia de Jesus em Vilna. Depois de sua profissão religiosa, foi empregado na educação da juventude em vários colégios jesuítas, conquistando seus alunos por sua extrema amabilidade e bondade de coração.


Santo André Bobola era corpulento, mas de baixa estatura. Seu ar nobre, afável e piedoso atraía as pessoas. Com longa barba, excelente espírito, memória feliz e expressão acolhedora, ia direto aos corações. Era entretanto, sua profunda convicção religiosa o que mais atraia.


No dia 2 de junho de 1630 Santo André Bobola fez sua profissão solene, e se tornou Superior da residência dos jesuítas em Bobruisk. Nesse tempo pôde mostrar sua ardente caridade durante uma epidemia que dizimou a Lituânia. Ele só não foi dela vítima porque Deus Nosso Senhor o reservava para outro martírio mais heróico.


Por esse tempo os cossacos da Ucrânia, os russos e os tártaros devastavam a Polônia, e a fé católica era objeto dos ataques simultâneos dos protestantes e dos cismáticos. Os jesuítas, em particular, eram o alvo de seu ódio. Muitos foram expulsos de suas casas e levados em cativeiro. Era, pois, uma época muito difícil para o apostolado.


Entretanto, o intrépido Pe. Bobola não se detinha diante dessas dificuldades. Ele podia dizer como São Paulo: “ai de mim se não evangelizo”. Seu apostolado era fecundo. Em apenas uma das cidades da Lituânia, Janow, se bem que das mais cultas, e que contava com apenas dois católicos quando ele começou a evangelizá-la, seu trabalho foi tão abençoado que, à sua morte, praticamente toda a cidade tinha voltado à verdadeira fé. Mesmo os fiéis da chamada Igreja Ortodoxa Russa não podiam resistir à sua pregação. E em grande número passavam para a verdadeira Igreja.


Os sacerdotes cismáticos, não podendo segurar esses fiéis em suas fileiras, voltavam contra o missionário todo seu ódio. E pagavam a desclassificados para atacarem-no com injúrias e maus tratos. Como isso não dava resultado, idealizaram outro método ainda mais grosseiro de prejudicar o Pe. Bobola: arrebanharam meninos de rua e os industrializaram tão bem, que eles esperavam o missionário sair de sua residência e o acompanhavam atirando-lhe os objetos mais vis, em meio a tremenda algazarra. Se o santo ia visitar um enfermo, esperavam-no do lado de fora gritando contra ele os mais injuriosos epítetos. O mesmo faziam quando ele ia pregar. E assim procuravam tornar sua vida impossível.


Mas o pior veio depois. No dia 16 de maio do ano de 1657, véspera da Ascensão de Nosso Senhor, Santo André Bobola estava na pequena cidade de Perezdyle, onde fora pregar em preparação para a festa do dia seguinte. À notícia da aproximação dos cossacos, os fiéis pressionaram o Santo para que fugisse. No caminho, dois dos cossacos alcançaram-no, despiram-no, amarraram-no a uma árvore e o moeram de golpes. Era o começo de uma série inaudita de tormentos que só o ódio religioso pode suscitar.


Levado para os chefes, estes quiseram de todos os modos obter a apostasia do campeão de Jesus Cristo. Como nada conseguissem, ataram-no a um poste e o flagelaram impiedosamente durante largo tempo. Depois, pegando dois galhos de um arbusto, aplicaram-nos em redor da cabeça do Santo, e apertavam-nos por meio de torções e contorções, provocando-lhe dores atrozes. Arrancaram então ao herói de Jesus Cristo a pele da parte exterior das mãos, deixando-as em carne viva.


Mas não pararam aí. Ligaram-no às selas de dois cavaleiros e obrigaram ao generoso mártir a segui-los até Janow. Como ele não andava com a velocidade desejada pelos cossacos, estes lhe davam vários golpes, recebendo ele nesta ocasião duas profundas feridas nos braços.



À entrada de Janow havia uma pequena casa destinada ao matadouro público. Ali levaram o santo, amarraram-no a um banco e, com tochas, foram-lhe queimando a fogo lento os lados e o peito. Lembrando-se de que a vítima era sacerdote católico, cortaram-lhe a pele da cabeça, no local da tonsura eclesiástica, deixando os ossos do crânio a descoberto. As mãos que tinham recebido a unção sagrada e às quais já haviam arrancado a pele, foram ainda mais mutiladas. Cortaram-lhe as falanges de ambos os polegares, que serviam para a consagração da Vítima do Calvário, e o indicador da mão direita, desligando os músculos da mão esquerda para arrancarem os dedos juntamente com a pele. Virando o corpo do mártir, tiraram-lhe a pele das costas e de uma parte dos braços. À carne viva, lançaram palha de cevada moída. Afiaram depois estiletes de madeira e meteram-nos debaixo das unhas dos artelhos e dos dedos da vítima. Tudo isso, à exemplo do que foi feito com Nosso Senhor em sua Paixão, entremeado com pancadas e bofetadas tão fortes, que fizeram saltar vários dentes do mártir, inchando-lhe enormemente as faces.


Um requinte ainda era necessário: a língua que tanto pregara, necessitava ser arrancada. Por isso, depois de lhe vazarem um olho, de lhe cortarem o nariz e de lhe rasgarem os lábios, abriram-lhe a garganta e arrancaram-lhe toda a língua. Depois tomaram um estilete e o espetaram no coração. Como o martirizado corpo ainda se contorcia, rindo, diziam “Como dança esse polaco!”. Finalmente deram-lhe dois golpes de misericórdia.


Quarenta e cinco anos depois de sua morte, seu corpo estava incorrupto, coberto com os mil ferimentos do martírio, nos quais se via ainda o sangue fresco. A carne permanecia branda e flexível. Foi assim, por esse milagre estupendo, que a Providência quis que muitos dos detalhes do martírio desse grande defensor da fé fossem conhecidos. Pelo que, no seu processo de beatificação, é dito que foi ele mesmo o verdadeiro postulador de sua causa.


Santo André Bobola foi beatificado pelo imortal Pontífice Pio IX. Mas seu martírio post-mortem não cessara ainda. Quando os bolchevistas tomaram a Polônia, arrebataram violentamente as relíquias desse apóstolo, e as levaram para Moscou. Foi só depois de muitas e demoradas negociações que a Santa Sé conseguiu de volta, em 2 de novembro de 1923, as santas relíquias. Em 1938 Pio XI canonizou solenemente André Bobola, que mais tarde se tornou o protetor da nobre nação polonesa. O Martirológio Romano Monástico diz dele: “Em 1657, a morte sangrenta de Santo André Bobola, jesuíta polonês. Pregador e missionário ativo, teve tamanho sucesso, que atraiu a inimizade de certos cismáticos, diante de quem deu testemunho pela última vez: ‘Eu creio e confesso que, como há apenas um só Deus, há também apenas uma e verdadeira Igreja e uma e verdadeira fé católica, revelada por Jesus Cristo, e pregada pelos Apóstolos e, a exemplo de muitos mártires, sofro e morro de boa vontade por ela’”.


Santo André Bóbola, rogai por nós.



Oração

Pai Santo, que eu saiba reconhecer-te na pessoa de Jesus, como Santo André Bóbola, e que o meu exemplo seja também inspirador para muitas almas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém


Oração do dia

Concedei, ó Deus todo poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo


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Santo Eugênio de Mazenod

21 de maio


Santo Eugênio de Mazenod foi nobre francês e prelado da Igreja Católica, beatificado em 19 de outubro de 1975, o Papa Paulo VI, e canonizado em 3 de dezembro de 1995 pelo Papa João Paulo II. Wikipédia

Nascimento: 1 de agosto de 1782, Provença, França

Falecimento: 21 de maio de 1861, Marselha, França

Seu nome de batismo era Carlos José Eugênio de Mazemod. Nasceu na linda cidade de Aix-en-Provance, sul da França, no dia 1 de agosto de 1782. Filho de um nobre que presidia a Corte dos Condes da Provença. Sua mãe era filha de uma família burguesa, também nobre e rica. Eugênio teve ainda duas irmãs: Antonieta e Elisabete. Esta última faleceu com apenas cinco anos.

Até 1790 a infância de Eugênio foi tranquila e ele deu alguma demonstração de ter vocação religiosa. Depois disso, sua família foi obrigada a fugir da Revolução Francesa. Por isso, deixaram todos os bens na França e fugiram para a Itália. Lá, viveram durante onze anos, perambulando de cidade em cidade. Esta situação provocou a separação de seus pais. Sua mãe voltou para a França na tentativa de recuperar bens confiscados da família. Eugênio ficou com seu pai na Itália.

A separação dos pais e toda a situação que viveram, exerceu grande influência na vida de Eugênio, levando-o, na adolescência, a uma grave crise de identidade. Sua vocação religiosa passou a ser sufocada por essas dificuldades. Além disso, sua formação intelectual teve uma parada por causa da falta de uma casa fixa. Porém, mesmo passando por essas adversidades, Eugênio manteve um caráter forte. Esta marca o acompanhou por toda a vida.

Durante o tempo que Eugênio e seu pai moraram na cidade de Veneza (1794 e 1797), ele teve um contato mais efetivo com uma vida de fé. Isso aconteceu através do Padre Bartolo Zinelli. Em 1802, quando Eugênio estava com vinte anos, ele e seu pai voltaram para a França. Lá, amadureceu sua vocação religiosa, retomando aquele primeiro chamado da infância. Por isso, em 1808 Eugênio ingressou no Seminário de São Sulpício, na cidade de Paris. Três anos depois, ele recebia a ordenação sacerdotal na cidade de Amiens.

Padre Eugênio de Mazemod voltou para sua cidade natal, Aix-en-Provance. Lá, dedicou-se ao apostolado e à pregação. Levou o Evangelho de Jesus Cristo aos pobres camponeses, aos presidiários aos enfermos abandonados. Na França sem rumo e extremamente desgastada após a revolução, Padre Eugênio de Mazemod via nos sacramentos a única maneira de reconstruir os valores cristãos.

Outros padres da região, ao verem seu ardor missionário e concordando que a fé seria uma das poucas esperanças de recuperação da França, juntaram-se a ele e passaram a ajuda-lo na pregação e na administração dos sacramentos. Por isso, em 1816, inspirado por Deus, ele fundou a Sociedade dos Missionários da Provença. Mais tarde, mudou este nome para o de Oblatos de Maria Imaculada. Da parte oficial da Igreja, Padre Eugênio recebeu todas as aprovações necessárias.

Por causa sua competência e ardor missionário, Padre Eugênio de Mazemod foi nomeado vigário-geral da importante diocese de Marselha. Depois, foi sagrado bispo da mesma diocese. Este cargo ele exerceu pelo longo tempo de trinta e sete anos. Nesses anos, Dom Eugênio de Mazemod enfrentou e superou diversos problemas com autoridades civis, com a aristocracia e até mesmo com alguns religiosos que discordavam das regras de vida em comunidade que ele tinha estabelecido.

O povo, porém, amava e respeitava Dom Eugênio de Mazemod. Assim, ele continuou no governo da diocese de Marselha e da Congregação dos oblatos. Esta sua obra se desenvolveu e seus religiosos partiram para vários lugares da Europa, dos Estados Unidos, México e Canadá. Depois disso, os Oblatos chegaram à África e à Ásia, levando em todos esses lugares, o dom missionário da congregação.

Santo Eugênio de Mazemod faleceu em 21 de maio de 1861, estando na sua querida cidade sede de Marselha. Após sua morte, inúmeras graças foram atribuídas à sua intercessão. Sua canonização foi celebrada pelo Papa João Paulo II em 1995. Na ocasião, sua congregação já tinha chegado a sessenta e oito países.

Santo Eugênio de Mazenod, rogai por nós!


Oração a Santo Eugênio de Mazemod
“Ó Deus, que na tua misericórdia, quiseste enriquecer o santo Bispo Eugênio de Mazenod com grandes virtudes apostólicas para anunciar o Evangelho às gentes, concede-nos, por sua intercessão, de arder no mesmo espírito e de tender unicamente ao serviço da Igreja e à salvação das almas. Por Cristo Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho. Amém. Santo Eugênio de Mazemod, rogai por nós.