Santo do Dia 16 de Julho

Nossa Senhora do Carmo


Dia 16 de Julho


Nossa Senhora do Monte Carmelo ou Nossa Senhora do Carmo é o título dado à Maria, Mãe de Jesus, em honra de sua função como padroeira da Ordem dos Carmelitas, assim como testemunha o Cardeal Piazza: "O

Festa litúrgica: 16 de julho

Aprovação da Santa Sé: 30 de Janeiro de 1226 (Ordem do Carmo aprovada durante o pontificado do Papa Honório III)

Atribuições: Escapulário de Nossa Senhora do Carmo

Nossa Senhora do Monte Carmelo ou Nossa Senhora do Carmo é o título dado à Maria, Mãe de Jesus, em honra de sua função como padroeira da Ordem dos Carmelitas, assim como testemunha o Cardeal Piazza: "O Carmo existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual". A palavra Carmelo em hebraico: ("Carmo" significa vinha, portanto, "Vinha do Senhor"): este nome nos aponta para a famosa montanha que fica na Palestina, onde o profeta Elias e o sucessor Elizeu fizeram história com Deus e com Nossa Senhora, que foi prefigurada pelo primeiro num pequena nuvem (cf. l Rs 18,20-45). Os primeiros carmelitas eram eremitas que viviam no Monte Carmelo, na Terra Santa, entre o final do século XII e meados do século XIII. Eles construíram, no meio de seus eremitérios, uma capela que dedicaram à Santíssima Virgem.


Desde o século XII, a devoção popular a Nossa Senhora do Carmo está centrada em seu escapulário, que originalmente é dois pedaços de tecido ligados por finas fitas que o fiéis leigos carregam em seus ombros, é um resumo da devoção maior do Escapulário marrom como uma veste ´hábito' usado por religiosos monges e monjas carmelitas, é também um sacramental associado às promessas de ajuda feitas por Maria para a salvação do devoto portador, o uso do escapulário é uma via de salvação, mas primeiramente de conversão dos devotos, para que possam viver uma nova espiritualidade. Originalmente, o escapulário em si mesmo, significa a obediência, ou seja, o jugo suave, o fardo leve de Nosso Senhor Jesus Cristo, os monges e monjas carmelitas faziam votos de obediência, e havia nas constituições primitivas uma penalidade para quem deixasse de usar o escapulário na ordem religiosa, por que significava que não queriam mais carregar no ombros o peso da obediência o leve fardo de Nosso Senhor Jesus Cristo. A tradição da Santa Igreja afirma que, Nossa Senhora entregou o escapulário ao carmelita chamado Simão Stock.


A festa litúrgica de Nossa Senhora do Carmo foi celebrada, pela primeira vez, na Inglaterra, no final do século XIV. O objetivo era agradecer a Maria pelos benefícios concedidos nos tempos de dificuldades dos primeiros anos da Ordem do Carmo. O poema Flor do Carmelo (Flos Carmeli em latim) aparece como a sequência para esta missa. O dia escolhido inicialmente foi 17 de julho, entretanto no continente europeu esta data conflitava com a festa de Aleixo de Roma, o que exigiu uma mudança para o dia 16 de julho, que continua a ser, até hoje, a data da festa de Nossa Senhora do Carmo em toda a Igreja Católica.


Em Parintins, no estado brasileiro do Amazonas, ocorre uma grande festa em honra a padroeira da cidade, localizada na ilha Tupinambarana, no meio do Rio Amazonas. As festividades acontecem logo após o Festival Folclórico de Parintins. Duram de 6 a 16 de julho, muitas pessoas vão em romaria até a Catedral da cidade, para pedir e agradecer a mãe de nosso senhor, Jesus. Meses antes da festa , uma imagem peregrina da Virgem do Carmo viaja de casa em casa, e de cidade em cidade, indo para junto de seus devotos.


O Escapulário é um sinal de aliança com Nossa Senhora, e exprime a consagração de quem o usa a Ela. Segundo a devoção católica, assim como vestia Maria a seu Filho Jesus, da mesma forma Maria quer revestir também a nós, seus filhos adotivos. Pois, toda a humanidade, simbolizada por João Evangelista, foi entregue por Jesus aos cuidados de Maria, na mesma ocasião em que os soldados, pela sorte, decidiam sobre a propriedade da túnica de Jesus, ao dizer: "Mulher, eis aí teu filho" (Jo 19,26).


O Escapulário do Carmo, enquanto veste devocional, surgiu no século XII. Segundo a tradição católica, no dia 16 de julho de 1251, São Simão Stock suplicava a Nossa Senhora ajuda para resolver um problema da Ordem do Carmo, da qual era o Prior Geral. Enquanto ele rezava, a Virgem Maria apareceu-lhe, trazendo o Escapulário nas mãos, e disse essas confortadoras palavras: "Recebe, Meu filho, este Escapulário da tua Ordem, como sinal distintivo da Minha confraria e selo do privilégio que obtive para ti e para todos os Carmelitas: o que com ele morrer, não padecerá o fogo eterno. Este é um sinal de salvação, uma salvaguarda nos perigos e prenda de paz e de aliança eternas".


Ao longo do séculos, gerações e gerações de católicos, sobretudo os religiosos e leigos consagrados carmelitas, difundiram esta devoção mariana por todo o mundo, tornando-a numa das devoções católicas mais difundidas. Para os seus defensores, o Escapulário é uma poderosa ajuda espiritual, conferida através da Virgem Maria, para aqueles que vivem em estado de graça e um valioso instrumento para converter os pecadores.


Em 1951, por ocasião da celebração do 700º aniversário da entrega do Escapulário, o Papa Pio XII disse em carta aos Superiores Gerais das duas Ordens carmelitas: "Porque o Santo Escapulário, que pode ser chamado de Hábito ou Traje de Maria, é um sinal e penhor de proteção da Mãe de Deus".


Exatamente 50 anos depois, o Papa João Paulo II afirmou: "O Escapulário é essencialmente um ‘hábito'. Quem o recebe é agregado ou associado num grau mais ou menos íntimo à Ordem do Carmo, dedicada ao serviço da Virgem para o bem de toda a Igreja. (...) Duas são as verdades evocadas pelo signo do Escapulário: de um lado, a constante proteção da Santíssima Virgem, não só ao longo do caminho da vida, mas também no momento da passagem para a plenitude da glória eterna; de outro, a consciência de que a devoção para com Ela não pode limitar-se a orações e tributos em sua honra em algumas ocasiões, mas deve tornar-se um ‘hábito'."


Esses dois Pontífices confirmaram, assim, variadíssimas manifestações de apreço ao Escapulário feitas por vários Papas, tais como Bento XIII, Clemente VII, Bento XIV, Leão XIII, São Pio X e Bento XV. Bento XIII estendeu a toda a Igreja a celebração da festa de Nossa Senhora do Carmo, a 16 de julho.


Uma das promessas de Nossa Senhora do Carmo a São Simão Stock se refere ao "privilégio sabatino", que consiste que aquele que morrer usando o escapulário, cumprindo algumas condições, sairá do Purgatório no primeiro sábado após sua morte. A condição para lucrar o "privilégio sabatino" é guardar a castidade, mas como também buscar viver uma vida segundo o Evangelho e os ensinamentos da Igreja, guardando os Santos Mandamentos segundo o estado de vida de um cristão, para a imposição deve-se e rezar a penitência imposta pelo sacerdote na recepção do escapulário ou o ofício da Virgem Maria. A promessa principal do escapulário consiste na própria salvação eterna: '"Quem morrer com o Escapulário não padecerá o fogo do inferno".


Não obstante, para beneficiar-se deste privilégio, a Igreja ensina que é necessário usar o Escapulário com reta intenção. Neste caso, se na hora da morte a pessoa estiver em estado de pecado mortal, Nossa Senhora providenciará, de alguma forma, que essa pessoa moribunda se arrependa e receba os sacramentos.


A Igreja Católica, antes de mais, esclarece que o Escapulário não é um sinal "mágico" de salvação. Não é uma espécie de amuleto cujo uso dispensa os fiéis das exigências da vida cristã. Não basta, portanto, carregá-lo ao pescoço e dizer: "Estou salvo!". Logo, o escapulário não é um amuleto, mas é um convite de consagração e de imitação a Virgem Maria. O Papa Pio XII, em uma carta em comemoração dos 700 anos do escapulário exorta os fiéis para que não use o escapulário como um amuleto de superstição. Na tradição da Santa Igreja, o escapulário é um objeto sacramental, pois Deus que nos convida a uma mudança de vida, nos concede tamanha graça e use elementos tão simples para fazer com que os seus fiéis mudem o seu coração e têm a misericórdia para com as almas santificando-as por meio da Virgem Maria.


Quem usa o Escapulário pode beneficiar-se também de indulgência plenária (remissão de todas as penas do Purgatório) no dia em que o recebe, na festa de Nossa Senhora do Carmo, 16 de julho; desde de que esteja em estado de graça ou seja tenha confessado os seus pecados com o Padre, participar da Santa Comunhão, e rezar pelas intenções do Santo Padre o Papa, bem como renovar as promessas de carregar para sempre este 'hábito' os hábitos das virtudes da Virgem Maria.



Oração do Escapulário

"Santíssima Virgem Maria, Esplendor e Glória do Carmelo, vós olhais com especial ternura os que se revestem com vosso Santo Escapulário. Cobri-me com o manto da vossa maternal proteção, pois a Vós me consagro hoje e para sempre. Fortalecei a minha fraqueza com o vosso poder. Iluminai a escuridão do meu espírito com a vossa sabedoria. Aumentai a minha fé, a esperança e a caridade. Adornai a minha alma com muitas graças e virtudes. Assistir-me na vida, consolai-me na morte com a vossa presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho(a) dedicado(a), para que possa louvá-la por toda a eternidade. Amém!"


Oração a Nossa Senhora do Carmo

Senhora do Carmo, Rainha dos anjos, canal das mais ternas mercês de Deus para com os homens. Refúgio e advogada dos pecadores, com confiança eu me prostro diante de vós, suplicando-vos que obtenhais a graça que necessito, ( pede-se a graça). Em reconhecimento, solenemente prometo recorrer a vós em todas as minhas dificuldades, sofrimentos e tentações, e farei de tudo que ao meu alcance estiver, a fim de induzir outros a amar-vos, reverenciar-vos e invocar-vos em todas as suas necessidades.

Agradeço as inúmeras bênçãos que tenho recebido de vossa mercê e poderosa intercessão.

Continuai a ser meu escudo nos perigos, minha guia na vida e minha consolação na hora da morte. Amém. Nossa Senhora do Carmo, advogado dos pecadores mais abandonados, rogai pela alma do pecador mais abandonado do mundo. Ó Senhora, rogai por nós que