Santo do Dia‎ 12 de Março

Santo Inocêncio


12 de Março


O Papa São Inocêncio I (em latim: Innocentius I) foi um papa eleito em 22 de dezembro de 401 e faleceu dia 12 de março de 417. Um dos mais ferrenhos defensores, na Igreja primitiva, das prerrogativas da Sé Apostólica em questão de doutrina e disciplina eclesiástica, Inocêncio I era, na verdade, filho de Anastácio I.

Nascimento: 11 de março de 378 d.C., Albano Laziale, Itália

Falecimento: 12 de março de 417 d.C., Roma, Itália

Não se sabe muito de sua infância, a não ser que era filho do Papa anterior, numa época onde o celibato ainda não era uma obrigação religiosa.


Ele foi eleito como sumo Pontífice no ano de 401, mas, tendo crescido após os anos de 350, viu a Igreja recém liberta ganhar projeção e destaque no cenário romano. Afinal, a santidade e gentileza no trato e convívio social dos cristãos ultrapassava qualquer educação pagã.


Santo Inocêncio I também viu as hordas de bárbaros apunhalarem a Cidade de Roma em contínuas vindas.


Um dos seus trabalhos com São Jerônimo foi o término da versão latina oficial das Sagradas Escrituras, concluída em 404. Por anos a Vulgata, como ficou conhecida, seria a versão oficial da Bíblia em língua romana.


Outro de seus empreendimentos acadêmicos foi ordenar os ritos em torno do que se praticava em Roma, num sinal de unidade da Santa Igreja. Ele fez isso com a celebração de alguns sacramentos, como a confissão, a unção dos enfermos, o batismo e o casamento


O papa veio a falecer em 417, com dezesseis anos de pontificado. Sucedeu-o ao trono São Zózimo, outro santo que deu continuidade a sua obra de amor e feitos cristãos.


Três acontecimentos marcaram o pontificado de Inocêncio I: a heresia de Pelágio, a corrupção de um imperador, e a invasão de Alarico. Em todas elas, santo Inocêncio procedeu confiando no Espírito Santo que o inspiraria e o manteria no bom caminho da doutrina e da fé.


Cronologicamente, o papa Inocêncio se viu primeiro contra o imperador romano do Oriente, que sentenciava São João Crisóstomo ao exílio. O santo pontífice fez uso de sua autoridade e concordou com São João nas reformas espirituais que o Oriente precisava.


Indispôs-se, assim, Inocêncio contra uma das maiores potestades da época e principal auxílio dos Cristãos no oriente, pois o trono de Constantinopla ainda era pertencente a Santa Igreja.


Mas ele sabia que não podia abandonar a luta pelos seus e pelo bem, então não hesitou.


Logo em seguida, ocorreram a invasão dos visigodos. O Papa Inocêncio I realizou diversos encontros com Alarico, às portas de Roma, e inclusive visitou o imperador do Ocidente, Honório, que estava escondido. Instou-o a fazer concessões ao chefe bárbaro, pois senão ele entraria e devastaria Roma.


O imperador, fraco de alma, não quis fazer como o papa aconselhava. Resultado: Alarico saqueou Roma e deixou um rastro de sangue que imolou gerações. O único que ele respeitava, numa palavra mais ou menos de honra, eram as Igrejas. Assim, Santo Inocêncio salvou muitas vidas.


Por último, já no final do seu pontificado, temos Pelágio batalhando contra Santo Agostinho. Nos dias de hoje, com os estudos teológicos avançados, fica claro o erro do pelagianismo. Este negava que a graça não era essencial para a salvação do ser humano, e que, com muita força de vontade, o homem conseguiria se salvar por seus próprios méritos.


Santo Agostinho continuamente repetia que o dom da graça que vinha de Deus era seu maior presente, e constante naqueles que eram bons, pois o homem não pode praticar estavelmente a virtude sem o auxílio divino.


Santo Inocêncio, reconhecendo a falta de sabedoria de Pelágio - que acabou negado também o pecado original - apoiou Santo Agostinho e proclamou, como uma condenação, que Pelágio se afastasse da Igreja e todos aqueles que erroneamente criam nele.


Ser um papa, e um papa santo, demanda muita confiança em Deus, e a prática contínua da fé no dia-a-dia. Rezemos para que Santo Inocêncio abençoe nosso papa governante e para que nos ilumine nas decisões que precisarmos tomar.


Santo Inocêncio, rogai por nós!