Santo do Dia‎ 11 de maio

Dia 11 de maio

Santo Inácio de Láconi

Beato Zeferino Namuncurá


Santo Inácio de Láconi

11 de maio


Santo Inácio de Laconi era um irmão leigo capuchinho Atribuído às tarefas domésticas do convento, desempenha essas funções com tal espírito de serviço, mesmo depois de cego, que durante a sua vida foi considerado “santo”.

Nascimento: 17 de novembro de 1701em Laconi na Sardenha ( Itália )

Falecimento: 11 de maio de 1781em Cagliari (Sardenha), era um irmão leigo capuchinho .

Francisco Inácio Vincenzo Peis, nasceu em Láconi, Itália, em 17 de novembro de 1701. Filho de uma família pobre e muito cristã, ele foi o segundo entre nove filhos. Seus pais eram ricos na prática das virtudes tanto humanas quanto cristãs. Por isso, educaram seus filhos na doutrina e no seguimento fiel de Jesus Cristo.


Durante sua juventude, sofreu uma grave doença e, ao retornar à saúde, dedicou sua vida a Deus na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos . Há algumas indicações de que seus pais se opuseram à sua adesão aos franciscanos. Algum tempo depois, sua vida foi ameaçada novamente quando ele caiu de um cavalo que montava. Inácio pediu a ajuda de São Francisco de Assis e, ao recuperar a saúde, renovou o voto que havia feito anteriormente. Desta vez, seus pais não se opuseram a seus votos franciscanos.


Ele pediu a admissão no convento dos capuchinhos em Cagliari , mas os superiores duvidaram dele a princípio devido à sua saúde debilitada. Inácio encontrou um amigo influente que intercedeu por ele e foi recebido como noviço. Apesar de suas doenças físicas, seu ardor permitiu-lhe assistir aos exercícios espirituais da comunidade e primar na perfeição de sua observância da Regra de Vida de São Francisco.


Depois de servir a comunidade por vários anos em várias ocupações, ele se tornou um campeão de esmolas por sua conduta edificante. Inácio tinha boas relações com os cidadãos de Cagliari, que perceberam que, embora o Irmão Inácio lhes pedisse esmolas, ele retribuía a doação de forma espiritual. Sua atitude modesta foi vista como um sermão silencioso por todos que o viram. Ele raramente falava, mas quando necessário, ele o fazia com uma gentileza excepcional. Ele também instruiu as crianças, consolou os doentes e exortou os pecadores a fazer penitência.


Inácio era conhecido por obedecer pontualmente a seus superiores, mesmo quando era necessário negar sua própria vontade. Em certa ocasião, passou pela casa de um agiota, de quem nunca pediu dinheiro porque temia que, aceitando esmolas, compartilharia as injustiças desse homem. Mas seus superiores ordenaram que ele fosse pedir dinheiro ao agiota. Ao retornar ao convento, Santo Inácio abriu o saco do usurário, do qual saiu sangue. Inácio limitou-se a dizer: "Isto é o sangue dos pobres espremido pela usura".


A irmã de Ignacio escrevia-lhe com frequência para pedir uma visita e receber seus conselhos sobre certos assuntos. Ignacio não quis atender ao seu pedido, mas quando seu superior ordenou que o fizesse, empreendeu a viagem. No entanto, ele saiu da casa de sua irmã assim que lhe deu os conselhos necessários.


Quando seu irmão foi preso, esperava-se que, em vista da reputação de Ignacio, conseguisse obter a libertação de seu irmão. Seu superior o enviou para falar com o governador, mas Ignacio pediu que seu irmão fosse tratado com justiça.


Apesar de sua doença, Ignacio perseverou em seu trabalho até os 80 anos. Mesmo depois de ficar cego, ele continuou a dar esmolas diariamente por dois anos. A veneração dos anciãos, e muitos doentes experimentaram curas milagrosas quando assistidos por ele.


Santo Inácio de Láconi faleceu em 11 de maio de 1781. Logo, sua fama de santidade se espalhou por causa de vários milagres conseguidos mediante sua intercessão. Ele foi beatificado em 1940 por Pio XII e canonizado em 1951 pelo mesmo Papa.



Santo Inácio de Láconi, rogai por nós!



Oração

Ó Deus, concedei-nos, pelas preces de Santo Inácio de Láconi, a quem destes perseverar na imitação de cristo pobre e humilde, seguir a nossa vocação com fidelidade e chegar aquela perfeição que nos propusestes em vosso Filho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espirito Santo, Amém!



Oração do dia

Ó Deus, que renovastes nas águas do batismo os que creem em vós, protegei os que renasceram no Cristo, para que vençam as ciladas do erro e permaneçam fieis à vossa graça. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.


Beato Zeferino Namuncurá

11 de maio


Zeferino Namuncurá foi um salesiano leigo argentino. Foi beatificado em 11 de novembro de 2007 em Chimpay pelo cardeal Tarcisio Bertone, sendo o primeiro índio da América do Sul beatificado; a cerimônia foi a primeira fora do Vaticano.

Nascimento: 26 de agosto de 1886, Chimpay, Argentina

Falecimento: 11 de maio de 1905, Roma, Itália

Zeffirino Namuncurá nasceu em 26 de agosto de 1886, em Chimpay, às margens do rio Negro. Era filho de Rosario Burgos (prisioneira "huinca" chilena) e do Manuel Namuncurá, , o último grande cacique das tribos indígenas araucanas, havia se rendido três anos antes às tropas da República Argentina. Depois de onze anos de vida rural livre, Manuel Namuncurà envia Zeffirino para estudar em Buenos Aires, para que pudesse defender a sua raça. A atmosfera familiar no colégio salesiano fez com que ele se apaixonasse por Dom Bosco.


A dimensão espiritual cresceu nele e ele começou a desejar ser sacerdote salesiano para evangelizar seu povo. Escolheu Domingos Sávio como modelo e, durante cinco anos, através do esforço extraordinário de entrar numa cultura totalmente nova, ele próprio tornou-se outro Domingos Sávio. O compromisso com a piedade, a caridade, os deveres diários e o exercício ascético é exemplar.


Esse menino, que achou difícil “entrar na fila”, gradualmente se tornou um verdadeiro modelo. Como queria Dom Bosco, estava certo em cumprir seus deveres de estudo e oração. Ele foi o árbitro nas recriações: sua palavra foi bem recebida pelos camaradas em disputa. A lentidão com que ele fazia o sinal da cruz, como se estivesse meditando em cada palavra, era impressionante; e, com seu exemplo, corrigiu os seus companheiros, ensinando-os a fazê-lo devagar e com devoção. Em 1903, Dom Cagliero o aceita no grupo de aspirantes em Viedma, capital do Vicariato Apostólico, para começar o latim.


Por causa de sua saúde precária, o bispo salesiano decide levá-lo à Itália, para que continue seus estudos de maneira mais séria e em um clima que parecia mais adequado. Na Itália, ele conhece o padre Rua e o Papa Pio X, que o abençoam com emoção. Ele frequentou a escola em Turim e, depois, no colégio salesiano de Villa Sora, em Frascati. Ele estuda muito para ser o segundo da classe.


Mas um mal não diagnosticado a tempo, talvez porque nunca reclamou, minou-o: tuberculose. Em 28 de março de 1905, ele foi levado ao hospital Fatebenefratelli, na Ilha Tiberina, em Roma.


No dia 11 de maio desse mesmo ano, aos 18 anos de idade, Ceferino faleceu, acompanhado por Monsenhor Cagliero, a quem disse suas últimas palavras: "Bendito seja Deus e Maria Santíssima. Basta que eu possa salvar a minha, em todo o demais faça-se a vontade de Deus".


Suas exéquias foram muito simples, assim como a sua vida. Foi sepultado um dia após o seu falecimento no Cemitério Popular de Roma, em Campoverano, com a presença de uns poucos salesianos e companheiros de estudom sob a sombra de uma simples cruz de madeira, que assinalava o lugar onde jaziam seus restos. Em 1924 os restos de Ceferino Namuncurá são repatriados por ordem do presidente Marcelo T. de Alvear e levados ao cemitério de Fortín Mercedes.


Em 1930 o padre Luís Pedemonte começa a propagar as virtudes e a devoção ao "Santo Indinho", motivo pelo qual recolhe e publica abundantes testemunhos de graças recebidas por aqueles que a ele rezavam e que o conheceram pessoalmente. Em 2 de maio de 1944 se inicia a Causa de Beatificação e em 3 de março de 1957 o Papa Pio XII a prova a intrudução da causa de beatificação de Ceferino Namuncurá. Quinze anos mais tarde, em 22 de junho de 1972, o Papa Paulo VI o declara Venerável: foi o primeiro argentino a chegar a essa altura de santidade. desde 1991 seus restos mortais descansam no Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora de Fortín Mercedes.


Uma junta médica do Vaticano considerou que a cura de Valeria Herrera, uma jovem mãe de Córdoba, Argentina, (que contava 24 anos no ano 2000), afetada por um câncer de útero, foi um milagre ocorrido pela intercessão de Ceferino Namuncurá. Valeria Herrera chegou, inclusive, a poder conceber filhos. Este foi o antecedente que se teve em conta para a sua beatificação.


Em 7 de julho de 2007 o Papa Bento XVI assinou o decreto que declara Ceferino Namuncurá como beato. O Pontífice recebeu o Cardeal José Saraiva Martins, na ocasião prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, e autorizou a referida congregação a promulgar uma série de decretos, entre os quais declara beato o "Servo de Deus Ceferino Namuncurá"


Em 11 de novembro de 2007, o Legado Papal, Cardeal Tarcísio Bertone, proclamou Ceferin Namuncurá Beato, diante de mais de cem mil pessoas, na cerimônia de beatificação em Chimpay, Rio Negro, terra natal do jovem salesiano, sendo fixada a festa religiosa no dia 26 de agosto, data de seu nascimento. Na cerimônia de beatificação o delegado do Papa e Cardeal Tarcísio Bertone, repetindo as declarações de Bento XVI no Brasil, afirmou que "o Evangelho nunca destrói os valores que há numa cultura, mas os assimila e aperfeiçoa. O novo beato nunca esqueceu que era indígena e sempre tratou de ser útil à sua gente".


Finalmente, aos 12 de agosto de 2009 - e não sem gerar grande polêmica - as cinzas de Ceferino Namuncurá foram transladas a pedido de seus descendentes, deixando Fortín Mercedes, onde repousavam, para a localidade de San Ignacio, também na província de Neuquén, onde vivem seus familiares. O traslado foi feito após uma missa, da qual participaram a família do Beato e também Valeria Herrera (peça chave no processo de beatificação que se beneficiou da intercessão de Ceferino Namuncurá na cura do já citado câncer de útero). Ao final da missa, partiram de carro, seguidos por escolta policial até a referida localidade, onde encontra-se também sepultado o Cacique Manuel Namuncurá, pai de Ceferino.


A devoção popular a Ceferino Namuncurá foi-se difundindo desde meados do século XX por toda a Argentina. Assim, desde o final da década de 1960, já era muito comum encontrar santinhos dedicados a São Ceferino em plena Cidade de Buenos Aires. Dessa forma, sua foto tornou-se muito popular, graças principalmente às muitas papeletas de propaganda nas quais se oferecima serviçoes de encanadores, marceneiros e trabalhadores de ofícios afins.



Beato Zeferino Namuncurá, rogai por nós!




A minha oração

“Senhor Jesus, o Beato Zeferino Namuncurá rendeu-se ao amor de Deus e abriu mão de sua cultura e costumes para responder ao seu apelo de doação. Que cada um de nós que lemos essa oração, abramos o nosso coração para dizer ao Senhor: Jesus, crava em nosso coração um amor ardente por Ti. Amém.”