Santo do Dia‎ 09 de Março

Santa Francisca Romana


09 de Março


Francisca Bussa de Buxis de Leoni nasceu em uma nobre e tradicional família romana cristã e, desde jovem, manifestou a vocação para uma vida de piedade e penitência. Queria ser uma religiosa, mas seu pai prometeu-a em casamento ao jovem Lourenço Ponciano, também cortejado por ser nobre e muito rico.

Nascimento: Estados Papais, 1384

Falecimento: Roma, Estados Papais, 9 de março de 1440 (56 anos)

Francisca Bussa de Buxis de Leoni nasceu nasceu em 1384 filha de um casal rico e aristocrático, Paolo Bussa e Iacobella dei Roffredeschi, no então estiloso rione de Parione e foi batizada na igreja próxima de Igreja de Sant'Agnese na Piazza Navona. Aos onze anos de idade já queria ser freira, mas foi forçada por seus pais, aos doze, a se casar com Lorenzo Ponziani, o comandante das tropas papais em Roma e de família extremamente rica. Mesmo tendo sido arranjado, o casamento foi feliz e durou quarenta anos, parte por que Lorenzo admirava sua esposa e parte por que ele estava frequentemente fora da cidade lutando pelo papa.


Francisca teve muitas tristezas durante a vida. Ela perdeu dois filhos para a Peste Negra, o que fez com que o casal passasse a se dedicar a melhorar a vida dos pobres. A cidade de Roma estava parcialmente arruinada por conta das lutas entre o papa e diversos antipapas no chamado Cisma do Ocidente na Igreja Católica. Lorenzo estava sempre fora e durante as suas ausências as suas propriedades foram roubadas ou destruídas. Durante uma ocupação de Roma por tropas napolitanas no início do século, ele foi ferido gravemente e jamais voltou a se recuperar plenamente, vindo a morrer em 1436.


De acordo com um história, o filho deles, Battista, deveria ser entregue como refém para o comandante das tropas napolitanas. Obedecendo a ordem, Francisca levou o garoto até o Campidoglio e, no caminho, parou na Igreja de Aracoeli e confiou a vida de Battista à Virgem Maria. Quando eles chegaram no lugar marcado, um soldado a cavalo foi pegar o garoto para levá-lo para o cativeiro. O cavalo, porém, se recusou a se mover apesar das muitas chicotadas. Espantados, os soldados viram no ato a mão divina e devolveram o garoto à mãe.


De acordo com a Enciclopédia Católica, "Com o consentimento de seu marido, Santa Francisca praticou a continência e seguiu uma vida de contemplação. Suas visões geralmente se davam na forma de uma peça apresentada para ele com personagens divinos. Ela tinha o dom dos milagres e êxtase, via o corpo do seu anjo da guarda, tinha visões do Purgatório e do Inferno, além de prever o final do Cisma do Ocidente. Ela podia ler os segredos da consciência das pessoas e percebia intenções malignas de origem diabólica. Ela era também notável por sua humildade e desprendimento, sua obediência e paciência."


Mesmo sendo mística, Francisca não estava alheia ao caos que reinava na cidade no período. Com a sua irmã, Vannozza, como companheira, Francisca rezava, visitava os pobres e cuidava dos doentes, inspirando outras mulheres ricas da cidade a fazer o mesmo. Ela transformou parte da propriedade da família, o Palazzo Ponziani, num abrigo para pobres e doentes. Em 15 de agosto de 1425, na festa da Assunção de Maria, ela fundou a olivetana "Oblatas de Maria" (Oblatas de Santa Francesca Romana), uma confraternidade de mulheres piedosas ligada à Igreja de Santa Maria Nova, em Roma, sem um claustro e sem votos formais, para que outros pudessem seguir seu padrão de combinar a vida de oração com as necessidades da sociedade.


Em março de 1433, ela fundou o Monastero di Tor de' Specchi, perto do Campidoglio, para permitir a vida comunitária aos membros da confraternidade que se sentissem chamados para a vida monástica. Este mosteiro permanece sendo o único da ordem. Em 4 de julho do mesmo ano, eles receberam a aprovação do Papa Eugênio IV para se tornar uma congregação religiosa de oblatos com votos privados, sob a autoridade dos monges olivetanos que servem em Santa Maria Nuova. A comunidade passou então ser conhecida como "Oblatos de Santa Francisca Romana".


Quando Lorenzo morreu, em 1436, Francisca entregou-se de maneira definitiva à vida religiosa, fundando com algumas dessas companheiras, também viúvas, a Ordem das Irmãs Oblatas Olivetanas de Santa Maria Nova.


Tinha cinqüenta e seis anos quando morreu, no dia 09 de março de 1440, depois de ser eleita superiora pelas companheiras de convento. Sua biografia oficial registra ainda várias manifestações da graça do Senhor em sua vida, como a presença constante e real de um anjo da guarda.


Ela foi canonizada em 1608 pelo papa Paulo V e, nas décadas seguintes, uma intensa busca se deu para encontrar os seus restos, que haviam sido escondidos durante períodos de tensão. Seu corpo foi encontrado em 2 de abril de 1608 e foi reenterrado em 9 de março de 1649, que passou então a ser o dia de sua festa. Novamente, agora em 1869, seu corpo foi exumado e desde então está em exibição num caixão de vidro para a veneração dos fiéis. Atualmente, Igreja de Santa Maria Nuova é geralmente chamada de Igreja de Santa Francisca.


Em 1925, o papa Pio XI declarou-a padroeira dos motoristas de automóvel com base no que é transmitido por tradição: um anjo ter iluminado uma estrada para ela com uma lanterna, mantendo-a a salvo dos perigos.


Santa Francisca Romana, rogai por nós!



Oração:

Pai eterno, agradeço-Vos pela família que me destes, pelos bens materiais, pelo dom da minha vida. Tudo me destes, tudo Vos pertence. Pelos méritos e exemplo de tão nobre alma, Santa Francisca Romana, peço-Vos a graça de nunca de Vós me apartar e sempre reconhecer que vosso sou. Amém.


Oração para Santa Francisca

“Senhor Todo Poderoso, eu sou eternamente grato pela minha vida, assim como ela é. Unge-me com percepção para que eu possa respeitar e ajudar os meus irmãos, principalmente os necessitados, independente de quem for. Livra-me dos preconceitos e discriminações do dia-a-dia. Por interseção de Santa Francisca Romana, rogo pela graça da voluntariedade em ajudar os que passam por enfermidades, que eu sempre tenha algo a oferecer aos que precisarem de mim. Ouça minha oração. Amém.”