Santo do Dia 09 abril

Dia 09 abril
São Leopoldo Mandic

e Beata Lindalva Justo de Oliveira

São Leopoldo Mandic


Dia 09 abril


Leopold Mandić, OFM Cap. (também conhecido como Leopoldo de Castelnuovo, foi um frade capuchinho croata e padre católico que sofria de deficiências que afetariam sua fala e estatura.

Nascimento: 12 de maio de 1866, Herceg-Novi, Montenegro

Falecimento: 30 de julho de 1942, Pádua, Itália

Ele nasceu Bogdan Ivan Mandić na cidade costeira de Herceg Novi ( italiano : Castelnuovo ), na Baía de Kotor , então na monarquia de Habsburgo, mas hoje parte de Montenegro . Ele era o décimo segundo filho de Dragica Zarević e Petar Antun Mandić, proprietário de uma frota pesqueira do Adriático , nativos de Zakučac (no interior da cidade de Omiš , a 28 km de Split ).


Sua família é originária da Bósnia , de onde se estabeleceram na Dalmácia e mais tarde na Baía de Kotor.


Mandić cresceu na órbita de uma comunidade de frades capuchinhos sediados na Província de Veneza que serviram em sua cidade por dois séculos, desde quando a área era governada pela República de Veneza . Fisicamente malformado e delicado, tinha apenas 1,35 m de altura, andava desajeitado e gaguejava. Sentindo-se chamado a seguir esse estilo de vida, em novembro de 1882, aos 16 anos, foi a Udine para ingressar no seminário menor da Província Capuchinha Veneziana e dois anos depois foi admitido no noviciado dos frades em Bassano del Grappa , onde foi vestido com o hábito capuchinho e recebeu onome religioso de Leopoldo de Castelnuovo . Em 3 de maio de 1885, fez sua primeira profissão de votos religiosos , após o que foi enviado para prosseguir seus estudos para a Ordem nos conventos dos capuchinhos em Pádua e Veneza . Fez a profissão de votos perpétuos em 1888.


Em 20 de setembro de 1890, Mandić foi ordenado sacerdote na Basílica de Santa Maria della Salute em Veneza aos 24 anos pelo Cardeal Domenico Agostini , Patriarca de Veneza .


Após sua ordenação, Mandić foi enviado para cargos em vários conventos capuchinhos na região de Veneza e em sua Croácia natal. Entre suas várias tarefas estavam o ensino dos seminaristas que o seguiam, bem como as tarefas domésticas da casa, como porteiro . Comum a todas as suas atribuições era o dever de confessor na igreja que os frades serviam. Isso durou até 1906, quando foi destinado ao Convento de Santa Croce, em Pádua. Era lá que ele passaria o resto de sua vida.


Foi quando ele percebeu que o seu Oriente era em Pádua. E fez todo o seu apostolado ali, fechado num cubículo de madeira, durante trinta e três anos seguidos, sem tirar um só dia de férias ou de descanso. Pequenino e frágil, com artrite nas mãos e joelhos, e com câncer no esôfago que acabaria levando à sua morte aos 76 anos.


Em 30 de julho de 1942, enquanto se preparava para a missa , ele caiu no chão. Ele foi então levado para sua cela, onde recebeu os últimos ritos . Os frades que se reuniram em sua cama começaram a cantar a Salve Regina e viram que Leopoldo morreu enquanto cantavam "O clemente, o amoroso, o doce Virgem Maria".


Frei Leopoldo Mandic morreu no dia 30 de julho de 1942, em Pádua. O seu funeral provocou um forte apelo popular e a fama de sua santidade espalhou-se, sendo beatificado em 1976. O papa João Paulo II incluiu-o no catálogo dos santos em 1983, declarando-o herói do confessionário e "apóstolo da união dos cristãos", um modelo para os que se dedicam ao ministério da reconciliação.


Como resultado do bombardeio durante a Segunda Guerra Mundial , a igreja e parte do convento em Pádua onde Mandić vivia foram demolidos, mas sua cela e confessionário ficaram ilesos. Ele havia previsto isso antes de sua morte, dizendo: "A igreja e o convento serão atingidos pelas bombas, mas não esta pequena célula. Aqui Deus exerceu tanta misericórdia pelas pessoas, deve permanecer como um monumento à bondade de Deus". O Santuário de Leopold Mandić foi construído para conter o confessionário. O Papa Paulo VI beatificou Leopoldo em 2 de maio de 1976. Ele foi canonizado pelo Papa João Paulo II durante a Assembléia Geral do Sínodo dos Bispos em 16 de outubro de 1983. Leopoldo é saudado como o "Apóstolo da Unidade".



São Leopoldo Mandic, rogai por nós!



Oração

Deus de bondade infinita e sumo bem, que fizestes de São Leopoldo um instrumento da Vossa misericórdia para com os pecadores e um fervoroso promotor da unidade entre os cristãos, concedei-nos por sua intercessão, a graça de nos renovarmos cada vez mais para podermos levar a todos os homens o Vosso amor, e cooperar eficazmente na união de todos os crentes mediante o vínculo da paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo. Amém!


Oração do dia

Ó Deus, quisestes que vosso Verbo, se fizesse homem no seio da virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Beata Lindalva Justo de Oliveira


Dia 09 abril


Beata Lindalva Justo de Oliveira, FDC foi uma religiosa das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, proclamada beata mártir pela Igreja Católica no dia 2 de dezembro de 2007. Wikipédia

Nascimento: 20 de outubro de 1953, Assu

Falecimento: 09 de abril de 1993, Salvador, Bahia

Lindalva nasceu no Sítio Malhada da Areia, no município de Assu, no Rio Grande do Norte. Filha do segundo matrimônio do agricultor João Justo da Fé – viúvo com três filhos – com a jovem Maria Lúcia da Fé. Lindalva foi a sexta, dos treze filhos do casal.

Foi batizada no dia 7 de janeiro de 1954, na Capela de Olho D’Água, da Paróquia de São João Batista, pelo Monsenhor Júlio Alves Bezerra.

Em 1961 a família muda-se para a sede do município de Assú, para possibilitar o estudo regular dos filhos do casal. João e Maria adquiriram uma casa e nela se estabeleceram.

Educada e orientada pelos pais na prática da piedade, da devoção e da caridade, manifestou precocemente sua inclinação para a vida de oração e para a prática da caridade para com os empobrecidos. Ainda jovem deu mostras de sua sensibilidade para com as necessidades alheias. Em um episódio emblemático, a todos surpreendeu ao doar as próprias roupas aos pobres.

Ao concluir o ensino fundamental, aos 12 anos, fez sua primeira comunhão.

Teve uma adolescência e juventude comum – considerando a realidade rural do nordeste brasileiro – entre atividades escolares, brincadeiras e atividades domésticas. Cuidava dos sobrinhos, dos irmãos mais novos e de outras crianças. Ajudava também, nos finais de semana, na lavoura.

Era constante sua inclinação para ajudar os pobres, doentes e idosos.

Lindalva Transferiu-se para Natal para continuar os estudos. Passou a residir com a família de seu irmão Djalma. Em 1979, concluiu o ensino médio na Escola Helvécio Dahe. Cooperava na educação de seus sobrinhos e nos afazeres da casa. Entre seus amigos teve alguns namoros.

De 1978 a 1988 trabalhou em algumas empresas. O dinheiro que ganhava, enviava á família em Assu, ficando com pouco para o seu uso pessoal.

Nos anos que morou em Natal frequentou a casa das Irmãs da Caridade e trabalhou como voluntária no Instituto para os Anciãos.

Em 1982 seu pai faleceu de um câncer no abdômen, tendo tido a assistência de Lindalva nos últimos meses de vida. Após a morte do pai, iniciou um curso de técnica em enfermagem, bem como de violão.

As irmãs notaram sua natural propensão a ajudar as crianças e marginalizados. Era tomada de uma sincera alegria quando servia os anciãos e exortava aqueles que os serviam a fazê-lo com sincero amor.

A partir de 1986 passou a frequentar o movimento vocacional das Filhas da Caridade, iniciando o seu processo de discernimento vocacional à vida religiosa.

No final do ano de 1987, pediu ingresso na congregação. No dia 28 de novembro de 1987 recebeu o sacramento da crisma das mãos de Dom Nivaldo Monte, arcebispo de Natal. No dia 28 de dezembro do mesmo ano recebe carta da madre provincial das Filhas da Caridade aceitando-a ao postulantado da congregação.

Lindalva inicia seu postulantado – que é um período preparatório ao noviciado – no dia 11 de fevereiro de 1988, em Recife, na Casa Provincial das Irmãs da Caridade.

Pediu seu ingresso no noviciado no dia 3 de junho de 1989, “com o mais profundo ideal de servir a Cristo nos pobres.”

No dia 16 de julho de 1989, dia de Nossa Senhora do Carmo, Lindalva e outras cinco companheiras iniciaram o noviciado em Recife. Tendo encerrado o noviciado, Irmã Lindalva emite votos simples de pobreza, castidade e obediência.

No dia 29 de janeiro de 1991, Irmã Lindalva é enviada para a Bahia, onde trabalhará no Abrigo Dom Pedro II, no bairro do Roma, na cidade baixa, em Salvador. Esta instituição, fundada em 1887, presta assistência a idosos empobrecidos. Irmã Lindalva é destinada a um pavilhão que atende a 40 anciãos.

Todos os testemunhos colhidos para o processo de beatificação relatam sua simplicidade, cordialidade e alegria com que tratava a todos. Realiza serviços simples e humildes para os idosos internos.

Durante um retiro espiritual, em janeiro de 1993, parafraseando São Vicente de Paulo, afirma sentir-se mais realizada e feliz no seu trabalho que o Papa em Roma.

Em janeiro de 1993, devido a uma recomendação, o abrigo teve que acolher entre os anciãos Augusto da Silva Peixoto, homem de 46 anos, que não tinha direito de ser interno, em virtude de sua idade. Ele passou a assediar Ir. Lindalva, e tornou-se insistente e inconveniente. A religiosa, com medo, procurou afastar-se o mais que pode de Augusto. Narrou a situação a outras irmãs e intensificou sua vida de oração. Seu amor aos idosos a mantiveram no abrigo, e chegou a confidenciar a uma coirmã: “prefiro que meu sangue seja derramado do que afastar-me daqui”.

Os internos repreendem Augusto e insistem para que Irmã Lindalva relate o fato ao diretor do serviço social do abrigo. No dia 30 de março a funcionária Margarita Maria Silva de Azevedo, repreende Augusto.

Augusto dirigiu-se à Feira de São Joaquim no dia 5 de abril, Segunda-Feira Santa, e comprou uma faca peixeira que amolou ao chegar no abrigo.

No amanhecer do dia 9 de abril, Sexta-Feira Santa, Irmã Lindalva participou da Via-Sacra, na paróquia de Nossa Senhora da Boa Viagem. Ao regressar, serviu o café da manhã aos idosos, como de costume. A irmã – ocupada com o serviço – não percebeu que Augusto se aproximava. Foi surpreendida com um toque no ombro. Ao virar-se, recebeu os golpes que lhe tiraram a vida. Um senhor ainda tentou intervir; mas Augusto ameaçou de morte quem ousasse se aproximar. Após o crime, o assassino foi esperar a polícia sentado em um banco, na frente do abrigo. Após condenação, foi internado em um manicômio judiciário.

Os médicos legistas identificaram 44 perfurações no corpo da religiosa. Imediatamente seu assassinato foi identificado pela comunidade católica como martírio, e associaram a tragédia às celebrações da Sexta-Feira da Paixão.

No dia 2 de dezembro de 2007, a Irmã Lindalva foi beatificada em cerimônia presidida pelo então Arcebispo de Salvador, Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, no estádio do Barradão. Mais de 25 mil fiéis participaram deste importante momento, além dos irmãos e da mãe da bem-aventurada, na época com 85 anos de vida. Por conta do martírio, não foi necessária a comprovação dos três milagres para que se tornasse beata, por isso, o processo foi considerado um dos mais rápidos da história.

Mas, para a canonização, é necessária a comprovação de um milagre que tenha acontecido após a beatificação. No caso da beata Lindalva, já existe um episódio sendo analisado pelo Vaticano. O dia da Beata Lindalva é comemorado em 7 de janeiro, data em que foi batizada.


Beata Lindalva Justo de Oliveira, rogai por nós!


Oração para a canonização
“Pai Santo, o vosso amor seduziu o coração de Irmã Lindalva que se deixou guiar pelo dever de cuidar do seu pai e, em seguida, pela obediência da fé, escolher a Vida Consagrada. No Carisma Vicentino, dedicação plena aos mais abandonados, sua vida ganhou, também na Sexta-feira Santa, a coroa do martírio. Seu hábito azul de Filha da Caridade, tingido de Sangue, tornou-se Linda Alva no Sangue do Cordeiro. Concedei-nos, vos pedimos, a graça de sua beatificação afim de que ela, na Igreja, inspire a oferta de muitos e seja a testemunha perene da límpida aurora da Páscoa de Jesus, o Filho Amado, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo. Amém.”


Oração à Bem-aventurada Lindalva

Ó Deus,

que infundistes no coração de Lindalva

a chama da caridade e da fidelidade

à vocação junto aos mais abandonados,

concedei-nos a graça que vos pedimos (..)

para que em breve seja reconhecida oficialmente

entre os santos do céu.

Sua vida ganhou, numa sexta-feira santa,

a coroa do martírio.

Sua morte é a do justo e do inocente como a de Cristo.

Na hora do holocausto, doloroso, mas fecundo,

ela se apresenta a servir tal qual o Mestre que disse:

“Não vim para ser servido, mas para servir.”

Concedei-nos, Senhor, por intercessão da

Bem-aventurada Lindalva, novas e santas vocações

para o serviço de Cristo nos pobres.

Isto vos pedimos, pelo mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor.

Amém.