Santo do Dia 04 de Agosto

São João Maria Vianney


Dia 04 de Agosto


João Maria Batista Vianney, também conhecido como Santo Cura d'Ars foi um sacerdote católico francês, canonizado pela Igreja Católica. Foi nomeado padroeiro dos Párocos em 23 de abril de 1928.

Nascimento: 8 de maio de 1786, Dardilly, França

Falecimento: 4 de agosto de 1859, Ars-sur-Formans, França

Jean-Marie Baptiste Vianney nasceu em 8 de maio de 1786, na localidade de Dardilly, dez quilômetros ao noroeste da cidade de Lyon, França. Seus pais, os camponeses Mateus Vianney e Maria Beluze, tiveram sete filhos, ele foi o quarto. Gostava de frequentar a igreja e desde a infância dizia que desejava ser um sacerdote.


Durante sua infância, João Maria trabalhou no campo como pastor e ajudante, e só foi para a escola na adolescência, quando abriram uma na aldeia onde residia. Frequentou a escola por dois anos apenas, pois tinha de trabalhar no campo. Foi quando aprendeu a língua francesa, pois em sua casa se falava um dialeto regional.


Para seguir a vida religiosa, teve de enfrentar muita oposição de seu pai, além da perseguição aos padres por parte dos jacobinos, apoiados pela maçonaria, e também dos homens de Napoleão Bonaparte, pois fora convocado ao serviço militar e não se apresentou, tendo sido considerado desertor. Mas com a ajuda do pároco Balley, aos vinte anos de idade ele foi para o Seminário de Écully, onde surgiram os obstáculos por causa de sua falta de instrução. Além da perseguição religiosa da própria Revolução Francesa.


Embora ninguém duvidasse de sua fé e devoção, os professores e superiores o consideravam um rude camponês, que não tinha inteligência suficiente para acompanhar os outros seminaristas, especialmente de filosofia e teologia. Assim, acabou sendo confinado a estudar apenas aritmética, história e geografia.


Em 13 de agosto de 1815, João Maria Batista Vianney foi ordenado sacerdote na capela do seminário de Grenoble. Contudo, sua ordenação teve um impedimento: não poderia ser confessor. Não era considerado capaz de guiar consciências. A despeito disso, é considerado um dos mais famosos e competentes confessores que a Igreja Católica já teve.


Durante o seu aprendizado em Écully, fora assistente do padre Balley, que o encorajou a enfrentar os diversos obstáculos e foi seu mentor, dando-lhes aulas particulares de filosofia e teologia em francês, além de ter intercedido por Vianney, quando este falhou nos exames. Assim, três anos depois, em 1818, após a morte do padre Balley, Vianney conseguiu a liberação para que pudesse exercer o apostolado plenamente, sendo então designado vigário-geral no vilarejo de Ars-sur-Formans. Isso porque nenhum sacerdote aceitava aquela paróquia do norte de Lyon, que possuía apenas duzentos e trinta habitantes, todos não-praticantes e afamados pela violência. Por isso a igreja ficava vazia e as tabernas lotadas.


João Maria chegou em Ars em fevereiro de 1818, numa carroça, transportando alguns pertences e o que mais precisava, seus livros. Conta a tradição que na estrada havia muita neblina e ele se dirigiu a um menino pastor dizendo: "Me mostras o caminho de Ars e eu te mostrarei o caminho do céu". Hoje, um monumento na entrada da cidade lembra esse encontro.


Alguns anos após sua chegada, abriu um orfanato para garotas na cidade, o qual nomeou como "A Providência". A instituição funcionou até 1847.


Treze anos depois, com seu exemplo e postura caridosa, mas também severa, conseguiu mudar aquela triste realidade, invertendo a situação. O povo não ia mais para as tabernas, em vez disso lotava a igreja. Todos agora queriam confessar-se, para obter a reconciliação e os conselhos daquele homem que eles consideravam um santo.


Em 1823, o Bispo elevou Ars à categoria de paróquia. Vianney desejou abandonar a comunidade, pois não se achava à altura para administrar uma paróquia, contudo, permaneceu. Na paróquia, fazia de tudo, inclusive os serviços da casa e suas refeições. Sempre em oração, comia muito pouco e dormia no máximo três horas por dia, fazendo tudo o que podia para os seus pobres e dedicando boa parte de seu tempo a atender confissões. O dinheiro herdado com a morte do pai gastou com os pobres.


Em 1824, Vianney sofre ataques, como ter sua cama incendiada, que acreditou ser do próprio demônio.


A fama de seus dons e de sua santidade correu entre os fiéis de todas as partes da Europa. Muitos acorriam para paróquia de Ars com um só objetivo: ver o Cura e, acima de tudo, confessar-se com ele, que chegava a ficar 15 horas por dia dentro do confessionário. Mesmo que para isto tivessem de esperar horas ou dias inteiros. Assim, em 1827, o local tornou-se um centro de peregrinações a nível internacional. Tanto que, em 1835, foi necessário a criação de um sistema de transporte entre Lyon e Ars, pois os peregrinos chegaram a atingir um número de 80 mil só naquele ano e aumentaria nos anos seguintes. No ano de 2019, estima-se que passem pelo santuário em torno de 500 mil pessoas por ano.


Os milagres registrados por seus biógrafos são de três classes:

Arrecadação de fundos para obras de caridade e comida para as órfãs;

Conhecimento sobrenatural sobre futuro e passado; e

Curar os doentes, em especial, as crianças.


O Cura de Ars, como era chamado, nunca pôde parar para descansar. Morreu serenamente, consumido pela fadiga, na noite de 4 de agosto de 1859, aos setenta e três anos de idade. Muito antes de ser canonizado pelo papa Pio XI, em 1925, já era venerado como santo. O seu corpo incorrupto, encontra-se na igreja da paróquia de Ars, que se tornou um grande santuário de peregrinação. São João Maria Batista Vianney foi proclamado pelo Papa Pio XI Padroeiro dos Párocos e dos Sacerdotes que têm Cura de Almas[8] no mundo todo, por Carta Apostólica datada de 20 de abril de 1929. Devido o seu exemplo de pastor, associa-se informalmente à sua memória, em 04 de agosto, a comemoração do dia do Padre. Por ocasião do Ano Sacerdotal (2009-2010), criado pelo Papa Bento XVI, chegou-se a cogitar o Santo Cura D'Ars como padroeiro de todos os sacerdotes, o que não ocorrera por assim preferir o papa Bento XVI.


São João Maria Vianney, rogai por nós!



Oração

Ó grande São João Maria Vianney, vós conheceis os desejos de minha alma: eu gostaria de melhor servir ao Deus do qual já recebi tantos favores. Para isso, obtende-me mais coragem e, sobretudo, mais espírito de fé. Muitos dos meus pensamentos, palavras e ações são inúteis para minha santificação e salvação, pois esse espírito sobrenatural ainda não anima minha vida. Fazei que isso mude de agora em diante. Amém.


Oração do dia

Deus todo poderoso e misericordioso, que haveis feito ao Bem-aventurado João Maria Batista Vianney, admirável pelo seu zelo pastoral e pelo seu constante amor a oração e a penitência, concedei-nos a graça, nós vos suplicamos, de ganhar para o Cristo a seu exemplo e pela sua intercessão, as almas de nossos irmãos e de chegar com eles à glória eterna. Pelo mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor. Assim seja, Amém!



Oração a São João Maria Vianney (retirada da Novena dedica a ele)

“Ó São João Maria Vianney, que confiança tinham as multidões em vossas orações! Vós não podíeis sair de vossa casa paroquial ou de vossa pobre igreja sem estardes cercado de almas suplicantes que se dirigiam a vós, do mesmo modo como se dirigiriam ao próprio Jesus em Sua vida mortal. E vós, bom Santo, por vossas palavras cheias de eternidade, as excitáveis à esperança. Vós que sempre confiastes inteiramente no Coração de Deus, obtende-me uma confiança profunda e filial em Sua adorável Providência. Que a esperança nos bens celestes encha meu coração de coragem e me ajude a praticar sempre os divinos mandamentos.”