Santo do Dia‎ 02 de Março

Santa Ângela da Cruz e São Simplício

Santa Ângela da Cruz


02 de Março


Ângela da Cruz Guerrero y González, era uma religiosa espanhola e fundadora das Irmãs da Cruz, um instituto religioso católico romano dedicado a ajudar os pobres abandonados e os doentes, sem ninguém para cuidar deles. Ela foi canonizada em 2003 pelo Papa João Paulo II.

Nascimento: 30 de janeiro de 1846, Sevilha, Espanha

Falecimento: 2 de março de 1932, Sevilha, Espanha

Maria dos Anjos Guerrero e González nasceu em Sevilha em 30 de janeiro de 1846, filha de Francisco Guerrero e Josefina González, casal de modesta condição social, mas cheio de virtudes cristãs. Cresceu em um ambiente muito religioso, ajudando seus pais nos trabalhos manuais, principalmente na costura. De caráter muito dócil e discreta, suscitava profunda admiração em todos que a conheciam.


Ainda pequena teve que deixar a escola para trabalhar em uma fábrica de calçados. Embora tivesse que trabalhar, amava isolar-se para dedicar-se à oração e à mortificação. Em 1871, aos 25 anos, fez um ato particular em que promete ao Senhor viver segundo os conselhos evangélicos.


Na sua longa experiência de oração, vê uma cruz vazia diante da cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, o que lhe inspirou imolar-se em união com Jesus para a salvação das almas. Tocada por uma forte vocação, desejou entrar nas Carmelitas, mas seu diretor espiritual a aconselhou entrar nas Irmãs de Caridade. Devido às precárias condições de saúde foi obrigada a desistir em pouco tempo do Instituto.


Retornando à família, se dedicou às obras de caridade junto aos pobres. Obedecendo aos conselhos do diretor espiritual, começou a escrever um diário espiritual no qual expunha detalhadamente a regra de vida de uma Comunidade de religiosas, que com a sua destacada vocação e com a experiência espiritual que vivia, sentia poder constituir.


Assim, em 1875, deu início em Sevilha à Congregação das Irmãs da Companhia da Cruz para o cuidado dos enfermos. O seu ideal e o do Instituto era “ser pobre com os pobres para levá-los a Cristo” que constituiu o fundamento da espiritualidade e da missão da Companhia da Cruz.


A Santa Sé aprovou o Instituto em 1904, o qual teve uma rápida difusão, imprimido um impacto enorme na Igreja e na sociedade sevilhana do seu tempo.


Humilde e enérgica, Madre Ângela da Cruz, nome que tomou quando se tornou religiosa, soube infundir no ânimo de suas filhas um crescente espírito de dedicação e de caridade em favor dos necessitados, sendo por isto admirada por todos e chamada pelo povo de “mãe dos pobres”.


Natural e simples, recusou toda glória humana, buscou a santidade com um espírito de mortificação no serviço de Deus e dos irmãos, e com estes sentimentos deixou esta terra no dia 2 de março de 1932, na sua cidade de Sevilha, aos 86 anos de idade.


A causa para sua beatificação foi introduzida junto à Congregação dos Ritos em 10 de fevereiro de 1960. O Papa João Paulo II a beatificou durante sua primeira viagem à Espanha, no dia 5 de novembro de 1982, em Sevilha, o mesmo pontífice, num intervalo de 20 anos, a elevou à honra dos altares, canonizando-a em Madri a 4 de maio de 2003, durante sua quinta viagem em terras espanholas.



Santa Ângela da Cruz, rogai por nós!




Oração

“Senhor Nosso Deus, Santa Ângela da Cruz viveu a humilhação do desprezo por ter sua saúde fragilizada. Ela ressignificou sua decisão por seguir a Cristo e avançou. Dai-nos essa graça diante do que vivemos hoje. Assim cremos, amém.”

São Simplício


02 de Março


Simplício nasceu em Tivoli. Eleito em 468, no oitavo ano de seu pontificado ocorreu a queda do Império Romano do Ocidente. Fazia parte do clero romano e tinha larga escala no serviço social e pastoral da Igreja. Conviveu com São Leão Magno e era amante da arte.

Nascimento: Tivoli, Itália

Falecimento: 10 de março de 483 d.C., Roma, Itália

Simplício nasceu em Tivoli, Itália. Sabe-se que seu pai era chamado Castino. Não se sabe mais nada sobre sua infância, adolescência ou juventude. Os dados que existem sobre ele são referentes ao pontificado que ele exerceu na Igreja. E, diga-se, ele comandou a “Barca da Igreja” numa época muito difícil historicamente: no tempo da queda do poderoso Império Romano do Ocidente. E, mesmo num tempo tão difícil, tempestuoso, Simplício teve um longo pontificado de quinze anos, entre 468 e 483.


Quando Simplício começava seu pontificado, Roma tinha resistiu a invasões de godos, visigodos, vândalos, hunos, e vários povos chamados bárbaros. Depois, acabou sendo derrotada pelos hérulos, liderados pelo rei Odoacro, que defendia arianismo. Ele depôs o imperador romano Rômulo Augusto.


Quando membro do clero romano, São Simplício adquiriu grande experiência na atividade pastoral da igreja. Tornou-se um grande pastor. Além disso, conviveu com o Papa Leão Magno que, mais tarde, foi canonizado. Essa convivência transmitiu a ele as virtudes da fé e da coragem. O Papa Leão Magno foi aquele que conseguiu pessoalmente barrar a invasão dos hunos, liderados por Átila. Isso influenciou o futuro Papa Simplício.


Desse momento em diante, invasores de vários lugares saquearam, destruíram e dividiram o que restou do Império que, por séculos, foi o centro do mundo. Roma, a capital do império, sobreviveu, mas decaiu em todos os aspectos. Nesse triste fim, O Papa Simplício passou a ser a única autoridade moral que restou. A única que ficou do lado do povo sofrido. A única que deu acolhida, socorro, esconderijo, abrigo e ajuda para o povo pudesse enfrentar o horror da guerra. Seu testemunho fez com que Roma, em decadência, deixasse de ser a Roma dos césares e passasse a ser a Roma dos Papas.


Ele conseguiu manter em plena atividade as grandes basílicas de Roma: a de São Pedro, a de São Paulo Fora dos Muros e a basílica de São Lourenço. A partir do pontificado de São Simplício essas igrejas passaram a receber os peregrinos católicos que iam visitar os túmulos dos Apóstolos. Além disso, São Simplício construiu várias igrejas. Algumas se tornaram famosas, como a de Santa Bibiana e a de Santo Estêvão Rotondo. O Papa Simplício fortaleceu e expandiu as dioceses e confirmou a obediência à Igreja de Roma e à fé em Cristo.


Estão conservadas várias cartas do Papa Simplício dirigidas aos bispos. Nelas, ele orienta sobre como enfrentar as heresias conhecidas como nestorianismo e o monofisitismo. Essas heresias ameaçavam a doutrina católica e se espalhavam no mundo cristão. A ação de São Simplício foi decisiva para a conservação da pureza da fé católica durante esses tempos conturbados.


O santo Papa Simplício nunca deixou de estar ao lado do povo, como um verdadeiro pastor que ama, ensina, prega, admoesta e dá exemplo de vida. Além disso ele reconhecia o grande valor da arte para a humanidade. Por isso, ele mandou que se escondessem os mosaicos da igreja de Santo André, preservando-os da invasão dos bárbaros. Estes mosaicos eram tidos como pagãos. Mesmo assim, por causa de seu valor artístico, São Simplício quis preserva-los.


São Simplício faleceu amado e respeitado pelo povo e até mesmo pelos reis hereges, Era o dia 10 de março do ano 483. Suas relíquias passaram a ser veneradas em Tívoli, sua cidade natal. A festa litúrgica do Papa São Simplício foi instituída no dia 2 de março.


São Simplício, rogai por nós!



Oração:

“Deus eterno e todo-poderoso, quiseste que São Simplício governasse todo o vosso povo, servindo-o pela palavra e pelo exemplo. Guardai, por suas preces, os pastores de vossa Igreja e as ovelhas a eles confiadas, guiando-os no caminho da salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”