Simeão e Ana proclamam em voz alta, na casa de Deus, que Jesus é o Salvador.
No Evangelho de Lucas: Maria e José entram no templo com o menino Jesus. Duas pessoas reconhecem imediatamente que não se trata de uma criança comum. Simeão e Ana proclamam em voz alta, na casa de Deus, que Jesus é o Salvador.
Por isso, o testemunho de Simeão e de Ana sobre Jesus (cf. Lc 2,22-40) é o ponto de partida para a Festa da “Apresentação do Senhor” – popularmente conhecida como “Festa das Luzes”. Neste dia, a Igreja celebra a revelação de uma realidade oculta, que transcende a nossa compreensão: o menino Jesus, levado ao templo por Maria e José, é o Filho amado de Deus. À luz de tudo o que o Filho de Deus nos diz e mostra em linguagem humana, podemos compreender a origem e o destino, a redenção e a salvação e o sentido pleno da vida.
No mesmo dia desta importante festa litúrgica da nossa Igreja Católica, celebra-se também o Dia da Vida Consagrada. Com relação a isso, o Papa Francisco disse: “Penso em vós, irmãs e irmãos consagrados, e no dom que sois.” Referindo-se a Simeão e Ana no Templo, ele prosseguiu: “Faz-nos bem contemplar estes dois anciãos, pacientes na expectativa, vigilantes no espírito e perseverantes na oração. O seu coração manteve-se desperto, como uma tocha sempre acesa. São de idade avançada, mas têm a juventude do coração; não se deixam desgastar pelos dias, porque, na expectativa, os seus olhos permanecem voltados para Deus (cf. Sl 145,15). Ao longo do caminho da vida, sentiram dificuldades e desilusões, no entanto, não cederam ao derrotismo: não ‘aposentaram’ a esperança. E assim, ao contemplar o Menino, reconhecem que o tempo se completou, que a profecia se realizou. Aquele que procuravam e por quem suspiravam, o Messias das nações, chegou. Mantendo viva a expectativa do Senhor, tornam-se capazes de O acolher na novidade da sua vinda.”
Os consagrados são um tesouro para a Igreja. Sua presença no mundo faz a diferença. Estou pensando, por exemplo, nas 15 Irmãs de Nossa Senhora do Bom Serviço, que acolheram no terreno de seu convento, no Líbano, cerca de 800 fugitivos deslocados internamente, e cuidaram deles heroicamente.
Por isso, estes homens e mulheres, consagrados de Deus, imitam de Simeão e Ana a mesma paciência na expectativa do Senhor. Vamos hoje apoiar com profunda gratidão as pessoas consagradas a Deus, em oração e com ajuda concreta.
Pe. Anton Lässer
Assistente Eclesiástico Internacional
ACN Brasil