Santo do Dia‎ 22 de Setembro

São Maurício e
Companheiros mártires

   

22 de setembro


São Maurício foi um capitão na Legião Tebana, uma unidade lendária do exército romano que fora recrutada no Alto Egito, na cidade de Tebas, e era composta inteiramente de cristãos. Foi o primeiro santo Legionário do Cristianismo. Wikipédia

Nascimento: Tebas, Egito

Falecimento: 287 d.C., Saint-Maurice, Suíça

No ano de 284 ascendia à direção do Império Romano Diocleciano, soldado favorecido pela fortuna, enérgico e hábil. Para minimizar os inúmeros e graves problemas que se apresentavam num vasto império com sinais inequívocos de decadência, decidiu ele associar ao governo, em 285, outro soldado experimentado, Maximiniano, com o título de césar, reservando para si o título de Augusto. Mais tarde, em 292, Maximiniano passava à condição de Augusto, e em 293 eram nomeados dois césares (Galério e Constâncio Cloro como coimperadores júniores), dando início ao que se conhece por tetrarquia.


Uma das primeiras missões atribuídas a Maximiniano, foi debelar a revolta dos bagaudos, povos germânicos que habitavam, então, a Gália, em território da atual Suiça. Maximiniano reúne um exército na Itália, do qual faziam parte alguns corpos vindos do Oriente, e com ele cruza o passo do Grande São Bernardo (Summus Penninos), no outono de 286. Um desses corpos orientais era formado por soldados cristãos, e se encontrava sob o comando de Maurício.


A tradição chama-o de “legião tebana“, embora se tratasse, ao que parece à crítica moderna, de uma coorte auxiliar. Dada a tradição se referir a uma “legião“, e como as legiões no período republicano e na fase inicial do império possuíssem efetivos aproximados de 6.600 homens, exagerava-se o efetivo da tropa de Maurício. Nesta época as legiões já tinham efetivo reduzido, e logo depois, sob Constantino, passariam a ter, oficialmente, 1.000 homens. Seria muito difícil falar-se, nestes tempos recuados, de grandes efetivos de soldados cristãos.


Todavia, a indicação “legião tebana” é, de fato, encontrada com certa frequência, no século IV, não só no Egito, como na Trácia e na Itália. Seja como for o gentílico desta tropa não dá margem a dúvidas: era originária da Tebaida, no alto Egito. O exército acampou em Octodorum (atual Martigny, Suíça), mas a coorte auxiliar tebana assentou acampamento em Agauno (hoje St-Maurice, Cantão do Vallais, Suíça), próximo a Octodorum. Antes da campanha, Maximiniano determinou os solenes sacrifícios propiciatórios aos deuses, entre os quais contavam-se, necessariamente, Roma e Augusto, além dos próprios césares em exercício. Nestas ocasiões eram renovados os juramentos de fidelidade. Maurício e seus homens recusaram-se a abdicar de seus princípios e a trair a própria consciência. Maximiniano, contrariado, determinou uma primeira dizimação, o sacrifício de 1 soldado em cada grupo de 10. A ação cruel não surtiu o efeito intimidador, sendo determinada uma segunda dizimação, que também fracassou em seus propósitos. Enfurecido ante a resistência estóica, Maximiano determina o sacrifício dos sobreviventes, todos decapitados. Escrevia-se com sangue, nos campos de Agauno, uma das páginas mais impressionantes do martirológio cristão, que a tradição registrou como sendo 22 de setembro de 286.


Posteriormente, a Igreja Católica conduziu Maurício à dignidade dos altares, santificando-o. A 22 de setembro de 515, o bispo São Avito, de Vienne, na França, pronunciou homilia para a inauguração da basílica mandada edificar, pelo rei borgúndio Sigismundo, em Agauno, a fim de recolher os supostos despojos dos mártires da “legião tebana“, encontrados por volta de 380, quando de uma cheia do rio Ródano.


O culto a São Maurício fez rápidos progressos na Europa. Durante a Idade Média surgiram ordens de cavalaria sob o seu patrocínio, como as dos Santos Lázaro e Maurício, na Savoia (Itália) e a do Tosão de Ouro, na Espanha. É curioso lembrar que, dada a sua origem egípcia, Maurício é representado nas artes, muitas vezes, como homem de cor, ou com características físicas da raça negra.


São Maurício é um dos santos mais populares da Europa ocidental. Há mais de 650 lugares sagrados que levam seu nome na França. Mais de setenta cidades levam o nome dele.


Na Idade Média são Maurício foi o santo protetor de várias dinastias da Europa e depois dos santos imperadores romanos, muitos dos quais foram ungidos diante do altar de São Maurício na Basílica de São Pedro, em Roma.


O rei Sigismundo da Borgonha doou terra para um mosteiro em honra dele, em 515.


Henrique I da Germânia (919-936) cedeu a província suíça de Aargau em troca da Lança dos Santos; e a relíquia sagrada, a Espada de São Maurício, foi usada pela última vez na coroação do Imperador Carlos da Áustria como rei da Hungria, em 1916.

São  Maurício e companheiros, rogai por nós!



Oração:

Fazei nos Senhor, que como são Maurício e seus companheiros sejamos fiel a Ti, e com amor e fé ao teu filho Jesus Cristo estejamos  prontos a obedecer a tudo que não contrarie a vossa lei.



Oração do dia

Ó Deus, Senhor dos Exércitos, transforma-me pela ação do Espírito Santo,  pois somente tu teus a força e o poder de converter meu interior

e romper as cadeias do egoísmo e pela intercessão de São Maurício, dai-me tua constante proteção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém