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![]() | Plano de Pastoral da Arquidiocese de Fortaleza 2015-2019
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APRESENTAÇÃO“Boa-nova da misericórdia para novos tempos”
Sob este lema, iniciamos o plano de pastoral para a Arquidiocese de Fortaleza na comemoração do seu Jubileu Centenário (2015). Em continuidade ao mesmo, em sintonia com o Regional NE1 – Ceará e com a CNBB e suas Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, aqui apresentamos o Plano de Pastoral da Arquidiocese de Fortaleza para os anos 2015 – 2019; não apenas em seus programas e projetos, mas com sua fundamentação e seu espírito no processo das diretrizes nacionais, das prioridades regionais e atividades arquidiocesanas.
“Boa-nova para novos tempos”: o Evangelho de Jesus, o Evangelho de sempre, para os novos tempos que vivemos, com seus desafios e urgências na vida e ação da Igreja. Sempre Boa nova é o Evangelho de Jesus Cristo, sua presença viva e atuante na humanidade através da existência e ação da Igreja. É o Senhor conosco todos os dias até o fim dos tempos.
Tudo é graça divina, que abre o futuro como realização plena do projeto amoroso, criador e redentor de Deus. O tempo não é a rotina cíclica de fatos que se repetem numa mesma peça encenada cada vez de novo por novos personagens. O tempo é graça de uma realização cada vez mais plena rumo ao destino último da humanidade: vida plena na comunhão de Deus.
Por isso, o novo Plano de Pastoral da Arquidiocese de Fortaleza, celebrando seu Centenário e na graça do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, quer, com toda a Igreja no Brasil,
“Evangelizar a partir de Jesus Cristo, na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária, profética e misericordiosa, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo.” E assim, responder a uma Igreja que se torna permanentemente missionária, expressando a comunhão de todas as suas comunidades, Igreja casa de iniciação da vida cristã no seguimento de Jesus e vivência de Sua Palavra, a serviço da plena vida para todos – testemunha da infinita Misericórdia do Pai a nós manifestada em Jesus Cristo, o Filho, e com Ele mesmo “o rosto da misericórdia do Pai”.
Assim, o que nos espera é novo tempo de nova evangelização: “A Igreja sente, fortemente, a urgência de anunciar a misericórdia de Deus. A sua vida é autêntica e credível, quando faz da misericórdia seu convicto anúncio. Sabe que a sua missão primeira, sobretudo numa época como a nossa, cheia de grandes expectativas e fortes contradições, é a de introduzir a todos no grande mistério da misericórdia de Deus, contemplando o rosto de Cristo. A Igreja é chamada, em primeiro lugar, a ser verdadeira testemunha da misericórdia, professando-a e vivendo-a como o centro da Revelação de Jesus Cristo.” (MV Papa Francisco)
+ José Antonio Aparecido Tosi Marques
Arcebispo Metropolitano de Fortaleza
Fortaleza, 2 de Fevereiro de 2016.
Solenidade da Apresentação do Senhor
Objetivo Geral da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil - 2015-2019“Evangelizar a partir de Jesus Cristo, na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária, profética e misericordiosa, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo”. O objetivo Geral da Ação Evangelizadora da Igreja, no Brasil, é o marco que direciona todas as ações das Igrejas Particulares, quando do processo de elaborar o Plano de Pastoral. No Plano de Pastoral a ser elaborado, é importante ter um novo olhar para o que se propõe a Igreja na sua ação missionária, sem perder de vista as realidades in loco no respeito à diversidade, mas tendo presente a unidade e, como referência maior, o partir de Jesus Cristo. No documento aprovado na 53ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em 18 de abril de 2015, o objetivo geral das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil, pela sua consistência, permaneceu quase que o mesmo, sendo acrescentada a palavra “misericordiosa”.
VER: Ações pastorais desenvolvidas pela Arquidiocese de 2011 a 2015: PRIMEIRA URGÊNCIA: Igreja em estado permanente de missão.
Ação realizada: Formação de Missionários da Arquidiocese Sob a responsabilidade do COMIDI, Infância Missionária, Juventude, COMISE, a coordenação dos Vigários Episcopais e Equipe de coordenação da Urgência nas Regiões Episcopais.
Criação de Equipes Missionárias de Jovens e Adultos e sua formação, durante toda a vigência das Diretrizes.
O que ainda precisa avançar? Maior articulação e engajamento, potencializando pessoas e instrumentos com formação missionária contínua e subsídios missionários para toda a Arquidiocese.
SEGUNDA URGÊNCIA: Igreja, casa de iniciação à vida cristã.
Ação realizada: Iniciação cristã na perspectiva da inspiração catecumenal
A Coordenação Arquidiocesana de Catequese e a ESPAC – Escola de Pastoral Catequética – realizaram formação de catequistas nas Regiões Episcopais e paróquias, dando ênfase à unificação da Catequese no processo de IVC – Iniciação à Vida Cristã. Nas Regiões Episcopais, a formação da Coordenação da Urgência para as atividades formativas para Coordenadores da Iniciação Cristã (Batismo- Crisma e Eucaristia), Coordenadores de Liturgia das Regiões Episcopais, Paróquias e Áreas Pastorais.
O que ainda precisa avançar? Na valorização das experiências de catequese com inspiração catecumenal, articulando as experiências já existentes.
Investir mais na formação de Catequistas, Padres e Leigos, utilizando os subsídios, “o Ecoando” e material produzido pelo Regional Nordeste I.
TERCEIRA URGÊNCIA: Lugar de animação bíblica da vida e da pastoral.
Ações realizadas: Organização e realização de simpósios bíblicos arquidiocesanos, para o conhecimento e vivência da Palavra de Deus e da Doutrina da Igreja, no triênio do Centenário da Arquidiocese – Ano da Fé, Ano da Esperança, Ano da Caridade, com vista a comunhão e a missão nas comunidades e grupos eclesiais, com o suporte da FCF – Faculdade Católica de Fortaleza e das Coordenações Pastorais das Regiões Episcopais.
Organização e fortalecimento de Círculos Bíblicos e grupos de Leitura Orante da Bíblia – Presencial e pela Rádio Dom Bosco e Rádio Web, sob a Coordenação da Pastoral da Arquidiocese com o Secretariado Arquidiocesano de Pastoral e a Coordenação das Urgências Pastorais na Arquidiocese.
Formação dos Animadores bíblicos das Paróquias, Áreas Pastorais nas Regiões Episcopais e outras organizações eclesiais.
O que ainda precisa avançar e implantar? Implantação, na Arquidiocese, de um programa radiofônico - Estudo Bíblico - Coordenação das Urgências, valorizando e ampliando as experiências na dinâmica da Leitura Orante da Bíblia e dos Círculos Bíblicos em todas as Regiões Episcopais.
Implantação de mais Escolas Bíblicas e fortalecimento das existentes, com estímulo da participação de leigos e agentes de pastorais na formação.
QUARTA URGÊNCIA: Igreja comunidade de comunidades.
Ação realizada: Implantação e sistematização do Dízimo – Partilha Eclesial, nas Paróquias e Áreas Pastorais Implementação do Projeto do Dízimo – Partilha Eclesial de 25 de setembro de 2007, realização de encontros nas Regiões Episcopais e visitas às Paróquias e Áreas Pastorais para sua criação e fortalecimento. Encontros de partilha sobre experiências do Dízimo, inclusive do Dízimo sem taxas, como pede o Decreto.
Envolvimento dos Conselhos Paroquiais de Assuntos Econômicos, através dos Encontros de Formação e das Visitas Pastorais. Implantação do Sistema de Gestão unificado em toda a Arquidiocese, para entrosamento administrativo e comunhão eclesial.
Encaminhamento e aperfeiçoamento do Fundo de Sustentação do Clero e Dízimo Sacerdotal.
O que ainda precisa avançar? Ampliação da reflexão sobre o Dízimo - Partilha Eclesial, como meio de evangelização e vivência concreta da comunhão eclesial, valorizando os conselhos e os mais diversos níveis de comunhão eclesial com as Campanhas Nacionais e as Coletas Universais, nas Áreas Pastorais e Paróquias.
Apoios pastorais recíprocos entre as comunidades, paróquias, regiões e toda a Igreja Arquidiocesana.
Envolvimento, na comunhão pastoral, os Conselhos Pastorais Regionais e Paroquiais.
QUINTA URGÊNCIA: Igreja a serviço da vida plena para todos.
Ação realizada: Identificação e integração das equipes eclesiais que estão a serviço da vida Articulação das Pastorais Sociais, CEBs e Organismos; Articulação do Fórum dos Movimentos Eclesiais (FAMEC); Conselho Arquidiocesano de Leigos; Articulação Arquidiocesana da Catequese.
Atividades desenvolvidas pelas Pastorais Sociais: Trabalho com jovens, Atendimento aos Idosos, Distribuição de Cestas Básicas, Coleta Seletiva, Coleta de Alimentos, Trabalho com mulheres excluídas e outras.
Encontro com o Ministério Público diante de questões sociais urgentes, Mobilização diante da realidade da seca com a colaboração entre as comunidades e auxílio emergencial da água etc.
Realização do Seminário da Caridade com a reflexão sobre a ampliação da Ação Caritas Arquidiocesana nas paróquias, fazendo o levantamento das necessidades nas comunidades para a ação da Caridade e da Misericórdia (estímulos do Ano da Caridade e do Ano da Misericórdia).
Estímulo constante da Festa da Vida, partilhando experiências e chamando a atenção para a sensibilidade social, consequência do Evangelho.
Fundo de Solidariedade Arquidiocesano proveniente das Campanhas da Fraternidade e os projetos que tem apoiado.
O que ainda precisa avançar? Maior articulação e integração com os diversos serviços eclesiais em defesa da vida, com o mapeamento nas Paróquias e Áreas Pastorais de todo o trabalho que envolve a ação pela vida.
Na documentação de todas as Ações Sociais da Arquidiocese para maior estímulo e fortalecimento das atividades comuns.
No conhecimento da Doutrina Social da Igreja e as consequências sociais do Evangelho na sensibilidade pelos necessitados e ações concretas da misericórdia nos mais diversos níveis: urgência, promoção humana e estruturas sociais.
JULGAR: urgências na ação evangelizadora no contexto das diretrizes gerais da ação evangelizadora no Brasil Diante da realidade que se transforma, a Igreja “em saída” é convocada a superar uma pastoral de mera conservação ou manutenção para assumir uma pastoral decididamente missionária, numa atitude que é chamada de conversão pastoral, como caminho da ação evangelizadora.
Voltar às fontes e recomeçar, a partir de Jesus Cristo, faz a Igreja superar a tentação de ser autorreferencial e a coloca no caminho do amor-serviço aos sofredores desta terra. (DGAE 30)
Neste contexto, emergem cinco urgências na evangelização que precisam estar presentes nos processos de planejamento pastoral das Igrejas particulares e instituições eclesiais. Tais urgências dizem respeito à busca de caminhos para a vivência e a transmissão da fé. Elas são o elo entre tudo que se faz em termos de evangelização no Brasil. Põem a Igreja “em movimento de saída de si mesma, de missão centrada em Jesus Cristo, de entrega aos pobres”. (DGAE 31)
De acordo com essas urgências, a Igreja no Brasil se empenha em ser uma Igreja em estado permanente de missão, casa da iniciação à vida cristã, fonte da animação bíblica da vida e da pastoral, comunidade de comunidades, a serviço da vida em todas as suas instâncias. Estes aspectos encontram-se unidos de tal modo que assumir um deles implica que se assumam os outros. Estão sempre presentes, pois se referem a Jesus Cristo, à Igreja, à vida comunitária, à Palavra de Deus como alimento para a fé, à Eucaristia como alimento para o serviço ao Reino de Deus, a caminho da vida eterna. (DGAE 32)
Por seu testemunho e por suas ações pastorais, a Igreja suscita o desejo de encontrar Jesus Cristo. Este encontro se dá através do mergulho gradativo no mistério do Redentor. Daí a importância do primeiro anúncio e da iniciação à vida cristã, a qual não acontece plenamente se não se tem contato com a Sagrada Escritura. A Palavra de Deus, alimentando, iluminando e orientando toda a ação pastoral, transborda para a totalidade da existência de pessoas e grupos, tornando-se luz para o caminho (Sl 119,105). Transformados por Jesus Cristo e comprometidos com o Reino de Deus, os discípulos missionários formam comunidades que não podem fechar-se em si mesmas, como ilhas. Por suas atitudes fraternas e solidárias, trabalhando incessantemente pela vida em todas as suas instâncias, tornam-se sinais de que o Reino de Deus vai se manifestando em nosso meio (Mt 11,2-6; At 2,42), na vitória sobre o pecado e suas consequências. (DGAE 33)
Igreja em estado permanente de missão
A Conferência de Aparecida e a exortação apostólica Evangelii Gaudium convocam a Igreja a ser toda missionária e em estado permanente de missão. “Fiel ao modelo do Mestre, é vital que hoje a Igreja saia para anunciar o Evangelho a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões, sem demora, sem repugnâncias e sem medo. A alegria do Evangelho é para todo o povo, não se pode excluir ninguém”. “Todos somos convidados a aceitar este chamado: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho”. (DGAE 36)
A Missão é paradigma de toda a obra da Igreja. Assume um rosto próprio com pelo menos três características - Urgência: em decorrência da necessidade de anunciar o evangelho com renovado ardor missionário perante os graves problemas e desafios da realidade. Amplitude e Inclusão: todas as situações e locais são seus interlocutores. (DGAE 37)
É necessário, portanto, suscitar, em cada batizado e em cada forma de organização eclesial, uma forte consciência missionária que interpele o discípulo missionário a anunciar Jesus Cristo, em todos os lugares e situações em que se encontrar, apresentando, com clareza e força testemunhal, quem é Ele e qual sua proposta para toda a humanidade, reconhecendo sempre que é precedido pelo Espírito Santo, protagonista da evangelização. O testemunho pessoal é a base sobre a qual o anúncio explícito haverá de ser desenvolvido. (DGAE 38).
Surge também a urgência de pensar estruturas pastorais que favoreçam a realização da atual consciência missionária. Esta “deve impregnar todas as estruturas eclesiais e todos os planos pastorais”, a ponto de deixar para trás práticas, costumes e estruturas que, por corresponderem a outros momentos históricos, atualmente não favorecem a transmissão da fé. “O que derruba as estruturas caducas, o que leva a mudar os corações dos cristãos é justamente a missionariedade. Continua a nos interpelar a convocação da Conferência de Aparecida à conversão pastoral, através da qual se ultrapassam os limites de uma “pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária”. Neste sentido, a Igreja precisa agir com firmeza e rapidez, reforçando seu compromisso com a Missão Continental. (DGAE 40)
Igreja: casa da iniciação da vida cristã
O estado permanente de missão implica uma efetiva iniciação à vida cristã. Cada tempo e lugar têm um modo característico para apresentar Jesus Cristo e suscitar nos corações o seguimento apaixonado à sua pessoa, que a todos convida para com Ele vincular-se intimamente... A mudança de época exige que o anúncio de Jesus Cristo não seja mais pressuposto, porém explicitado continuamente. (DGAE 41) É preciso ajudar as pessoas a conhecer Jesus Cristo, fascinar-se por Ele e optar por segui-lo. “Anunciar Cristo significa mostrar que crer nele e segui-lo não é algo apenas verdadeiro e justo, mas também belo, capaz de cumular a vida de um novo esplendor e de uma alegria profunda, mesmo no meio das provações”. (DGAE 42) A Conferência de Aparecida, ao elevar a iniciação à vida cristã à categoria de urgência, recorda que ela, não se esgota na preparação aos sacramentos do Batismo, Confirmação e Eucaristia, mas se refere, principalmente, à adesão a Jesus Cristo. Trata-se de uma catequese de inspiração catecumenal... A centralidade do querigma: Este primeiro anúncio desencadeia um caminho de formação e amadurecimento. (DGAE 43) Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral
Iniciação à vida cristã e Palavra de Deus estão intimamente ligadas. Uma não pode acontecer sem a outra. “Ignorar as Escrituras é ignorar o próprio Cristo”. Este é um tempo muito rico para que cada pessoa seja iniciada na contemplação da vida, à luz da Palavra e no empenho para que ela seja efetivamente colocada em prática (Tg 1,22-25). (DGAE 47)
O discípulo missionário é convidado a redescobrir o contato pessoal e comunitário com a Palavra de Deus como lugar privilegiado de encontro com Jesus Cristo. “Na alvorada do terceiro milênio, não só existem muitos povos que ainda não conheceram a Boa Nova, mas há também muitos cristãos que têm necessidade que lhes seja anunciada novamente, de modo persuasivo, a Palavra de Deus para poderem, assim, experimentar concretamente a força do Evangelho”...
A Igreja hoje tem consciência de que “particularmente as novas gerações têm necessidade de ser introduzidas na Palavra de Deus através do encontro e do testemunho autêntico do adulto, da influência positiva dos amigos e da grande companhia que é a comunidade eclesial”. (DGAE 49)
O discípulo missionário acolhe e vive a Palavra de Deus em comunhão com a Igreja. Ao escutar atentamente a Palavra, sabe que não o faz isoladamente, mas na comunhão com esta mesma Palavra e com todos que também a acolhem, como dom na Igreja e com toda a Igreja. Assim, a Palavra é saboreada sobretudo na eclesialidade. (DGAE 52)
A Igreja: comunidade de comunidades
O discípulo missionário de Jesus Cristo, necessariamente, vive sua fé em comunidade (1Pd 2,9-10), em “íntima união ou comunhão das pessoas entre si e delas com Deus Trindade”. Sem vida em comunidade não há como efetivamente viver a proposta cristã. Comunidade implica convívio, vínculos profundos, afetividade, interesses comuns, estabilidade e solidariedade nos sonhos, nas alegrias e nas dores...
A comunidade eclesial acolhe, forma e transforma, envia em missão, restaura, celebra, adverte e sustenta. Ao mesmo tempo em que hoje se constata uma forte tendência ao individualismo, percebe-se igualmente a busca por vida comunitária. Esta busca nos recorda como é importante a vida em fraternidade. Mostra também que o Espírito Santo acompanha a humanidade suscitando, em meio às transformações da história, a sede por união e solidariedade. (DGAE 55)
As paróquias têm importante papel na vivência da fé. Para a maioria das pessoas, a relação com a Igreja se dá através das paróquias. Em vista da conversão pastoral que a missão hoje exige, elas precisam tornar-se cada vez mais comunidades vivas e dinâmicas, capazes de propiciar a seus membros uma real experiência “de discípulos e missionários de Jesus Cristo, em comunhão”. Assim haverão de se tornar mais próximas das pessoas sendo âmbitos de viva comunhão, participação e missão. (DGAE 56)
Igreja a serviço da vida plena para todos
A vida é dom de Deus! “O Evangelho da vida está no centro da mensagem de Jesus”. É missão dos discípulos o serviço à vida plena.111 Por isso, a Igreja no Brasil proclama com vigor que “as condições de vida de muitos abandonados, excluídos e ignorados em sua miséria e dor contradizem o projeto do Pai e desafiam os discípulos missionários a maior compromisso a favor da cultura da vida”.(DGAE 62)
Contemplando os diversos rostos de sofredores, especialmente os resíduos e “sobras”112, o discípulo missionário enxerga, em cada um, o rosto de seu Senhor: chagado, destroçado, flagelado (Is 52,13ss).113 Seu amor por Jesus Cristo e Cristo Crucificado (1Cor 1,23- 25) leva-o a buscar o Mestre em meio às situações de morte (Mt 25,31- 46). Leva-o a não aceitá-las, sejam elas quais forem, envolvendo-se na preservação da vida...(DGAE 65)
O discípulo missionário não se cala diante da vida impedida de nascer, seja por decisão individual, seja pela legalização e despenalização do aborto. Não se cala igualmente diante da vida sem alimentação, casa, terra, trabalho, educação, saúde, lazer, liberdade, esperança e fé. Torna-se, deste modo, alguém que sonha e se compromete com um mundo onde seja, efetivamente, reconhecido o direito a nascer, crescer, constituir família, seguir a vocação, envelhecer e morrer naturalmente, crer e manifestar sua fé.
Para a Igreja, a caridade não é uma espécie de atividade de assistência social que poderia mesmo deixar para outros, mas pertence à sua natureza, é expressão irrenunciável de sua própria essência”. Daí “ratificar e potencializar a opção preferencial pelos pobres”, “implícita à fé cristológica naquele Deus que se fez pobre por nós, para nos enriquecer com sua pobreza” e que deverá “atravessar todas as suas estruturas e prioridades pastorais” manifestando se “em opções e gestos concretos”. Devemos evitar “a tentação de sermos cristãos mantendo uma prudente distância das chagas do Senhor. Mas Jesus quer que toquemos a miséria humana, que toquemos a carne sofredora dos outros. Espera que renunciemos a procurar aqueles abrigos pessoais ou comunitários que permitem manter-nos à distância do nó do drama humano, a fim de aceitarmos verdadeiramente entrar em contato com a vida concreta dos outros e conhecermos a força da ternura”. (DGAE 66)
Consciente de que precisa contribuir para superar a miséria e a exclusão, o discípulo missionário também sabe que não pode restringir sua solidariedade ao gesto imediato da doação caritativa. Embora importante e mesmo indispensável, a doação imediata do necessário à sobrevivência não abrange a totalidade da opção pelos pobres. Antes de tudo, esta implica convívio, relacionamento fraterno, atenção, escuta, acompanhamento nas dificuldades, buscando, a partir dos próprios pobres, a mudança de sua situação e a transformação social. Os pobres e excluídos são sujeitos da evangelização e da promoção humana integral. Eles estão no centro da vida da Igreja. (DGAE 67)
Em tudo isso, a Igreja reconhece a importância da atuação no mundo da política e incentiva os leigos e leigas, especialmente os jovens, à participação ativa e efetiva nos diversos setores voltados para a construção de um mundo mais justo, fraterno e solidário. Daí a urgência na formação e apoio aos cristãos leigos e leigas para que atuem nos movimentos sociais, conselhos de políticas públicas, associações de moradores, sindicatos, partidos políticos e outras entidades, sempre iluminados pelo Ensino Social da Igreja. Tão desacreditada em nossos dias, a política, no entanto, “é uma sublime vocação, é uma das formas mais preciosas da caridade, porque busca o bem comum”. ( DGAE 68)
Frente aos efeitos das mudanças climáticas na vida das famílias, comunidades e regiões, é preciso avançar na consciência ecológica. “Nós, os seres humanos, não somos meramente beneficiários, mas guardiões das outras criaturas”. “A criação não é uma propriedade que podemos manipular a nosso bel-prazer, nem muito menos uma propriedade que pertence só a alguns, a poucos: a criação é um dom, uma dádiva maravilhosa que Deus nos concedeu, para a cuidarmos e utilizarmos em benefício de todos, sempre com grande respeito e gratidão”. “A Igreja tem uma responsabilidade a respeito da criação e deve fazer valer essa responsabilidade na esfera pública”. (DGAE 69)
AGIR: Nos diversos níveis eclesiais: Ceará, Arquidiocese de Fortaleza, Regiões Episcopais, Comunidades Eclesiais I - Desafios da ação pastoral da Igreja no Ceará a serem trabalhados de 2015 a 2019 identificados na Assembleia do Regional Nordeste 1 CNBB - Ceará1º Desafio:
Fortalecimento e criação de comunidades em torno da Palavra, dos Sacramentos e da Caridade.
Ações:
2º Desafio:
Caráter social de toda a ação da Igreja na defesa da vida no campo e na cidade.
Ações:
II - Propostas para a ação pastoral da Igreja identificados na XXII Assembleia Arquidiocesana de PastoralPRIORIDADE 1: Fortalecimento e Criação de Comunidades em torno da Palavra, dos Sacramentos e da Caridade.
Programa 1 - Dinamização da iniciação à vida cristã de inspiração catecumenal em nossas paróquias e comunidades.
Propostas:
Programa 2 – Formação Bíblica permanente para usar através de diferentes metodologias: Círculos Bíblicos, Leitura Orante e Escolas Bíblicas
Propostas:
Programa 3 – Formação permanente para uma ação missionária visando à evangelização a partir da realidade territorial, pessoal e formação de novas comunidades.
Propostas:
PRIORIDADE 2: Explicitação e concretização do caráter social de toda a ação da Igreja na defesa da vida no campo e na cidade.
Programa 1 - Estudo da Doutrina Social da Igreja – DSI, visando à formação de Fé e Política.
Propostas:
Programa 2 - Dinamização da missão permanente para o anúncio do Reino em defesa da vida
Propostas:
Programa 3 - Identificação e integração (ou criação) das ações e serviços eclesiais em defesa da vida em nosso Semiárido Cearense rural e urbano.
Propostas:
III - Ações Pastorais da Arquidiocese s serem desenvolvidas de 2015 a 2019PRIORIDADE 1 Fortalecimento e Criação de Comunidades em torno da Palavra, dos Sacramentos e da Caridade.
Programa 1 - Dinamização da iniciação à vida cristã de inspiração catecumenal em nossas paróquias e comunidades (CNBB NE I).
Ações Arquidiocesanas:
Programa 2 – Formação Bíblica permanente para usá-la em diferentes metodologias: Círculos Bíblicos, Leitura Orante e Escolas Bíblicas (CNBB NE I).
Ações Arquidiocesanas:
Programa 3 - Formação permanente para uma ação missionária a partir da realidade territorial, pessoal e formação de novas comunidades (CNBB NE I).
Ações Arquidiocesanas:
PRIORIDADE 2: Explicitação e concretização do caráter social de toda a ação da Igreja na defesa da vida no campo e na cidade.
Programa 1 - Estudo da Doutrina Social da Igreja – DSI, visando à formação de Fé e Política (CNBB NE I).
Ações Arquidiocesanas:
Programa 2 - Subsídios para concretização da dimensão social da fé.
Ações Arquidiocesanas:
“Somos convidados a descobrir e viver Jesus Cristo ressuscitado e glorioso, fonte profunda da nossa esperança, e não nos faltará a sua ajuda para cumprir a missão que nos confia” (EG 262). Fonte: Arquidiocese de Fortaleza
CEBs - Comunidades Eclesiais de Base
COMISE - Conselho Missionário dos Seminaristas
COMIPA - Conselho Missionário Paroquial
CDPDH - Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza
DGAE - Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil
FAMEC – Fórum dos Movimentos Eclesiais
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